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Representantes da ala política do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, se reuniram com o governo russo nesta quinta-feira (26), em Moscou
Representantes da ala política do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, se reuniram com o governo russo nesta quinta-feira (26), em Moscou| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN

O Hamas elogiou nesta quinta-feira (26) o posicionamento do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o conflito no Oriente Médio, após as negociações realizadas por representantes da ala política da milícia palestina em Moscou.

"A delegação apreciou muito a posição do presidente russo, Vladimir Putin, e também os esforços ativos da diplomacia russa", diz o comunicado do Hamas, divulgado pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti.

De acordo com o grupo terrorista, durante as conversas em Moscou com o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, representante especial do presidente para o Oriente Médio e os países africanos, foram discutidas formas de parar "os crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".

Na declaração, o Hamas defende o seu direito de resistir à ocupação israelense com todos os métodos à sua disposição.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, confirmou na entrevista coletiva semanal que representantes da ala política do Hamas estão em Moscou para consultas com autoridades russas.

Fontes palestinas disseram à agência estatal russa que o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, lidera a delegação.

Bogdanov relatou nesta quinta-feira (26) que se reuniu no Catar com a liderança política do Hamas para discutir o "destino dos sequestrados".

De acordo com o governo de Israel, o braço armado do Hamas mantém 224 reféns em Gaza, incluindo pelo menos três cidadãos russos com dupla cidadania, segundo o embaixador russo Anatoly Viktorov.

Além disso, pelo menos 23 cidadãos russos foram mortos em ataques lançados pelo Hamas em território israelense no dia 7 de outubro.

A Rússia, que não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, instou o grupo a libertar imediatamente todos os reféns que tem em seu poder.

Bogdanov afirmou também que Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) viajará "em breve" a Moscou para dialogar com Putin.

O chefe do Kremlin condenou o ataque terrorista do Hamas contra Israel, mas também pediu a proteção dos civis na Faixa de Gaza.

A visita da delegação da ala política do Hamas a Moscou coincide com a presença na Rússia do vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri Kani, que se reuniu na capital com o vice-chanceler russo, Mikhail Galuzin. (Com agência EFE)

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