As negociações de reconciliação entre o grupo militante palestino Hamas e seu rival Fatah vem sendo realizadas e serão retomadas no Egito no dia 9 de fevereiro, afirmou ontem Khalid Meshal, líder político do Hamas.
Meshal disse que os "obstáculos" sobre questões cruciais como a realização de eleições e um futuro governo ainda permanecem, mas disse esperar progressos nas negociações com Mahmoud Abbas, do Fatah.
"Nós fizemos bons avanços em nossas conversas anteriores de reconciliação e temos uma calendário a seguir", declarou Meshal, após uma reunião a portas fechadas com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, em Amã, a terceira ocorrida no período de um ano.
"Não restam dúvidas de que há obstáculos, mas podemos superá-los com nossa vontade e determinação para encerrar esta condição de afastamento e divisão", acrescentou.
Meshal disse aos jornalistas que suas negociações com Abdullah se concentraram na questão do Estado da Palestina após as eleições em Israel e nos Estados Unidos e em formas de encerrar as diferenças entre as lideranças palestinas.
Jogo
Durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suécia, Abdullah advertiu Israel para que pare com seu "jogo de espera" no que diz respeito aos esforços de paz com os palestinos.
Segundo Abdullah, o segundo mandato de Barack Obama é a última oportunidade para a criação dos dois Estados Israel e a Palestina que, pare ele, podem viver lado a lado e em paz. O Hamas rejeita este tipo de acordo, mas alguns líderes mais pragmáticos do grupo já são favoráveis à aceitação da existência de Israel.
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