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O chefe do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh
O chefe do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh| Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

O grupo terrorista Hamas e o extremista Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) disseram neste domingo (28) que tropas britânicas que forem destacadas para Gaza ou sua costa serão tratadas como "forças de ocupação" e, consequentemente, “alvos legítimos para resistência” do enclave, que é encabeçada pelos braços armados tanto do Hamas quanto da Jihad Islâmica.

"Alertamos o Reino Unido, ou qualquer outro país, contra o deslocamento de forças na terra ou na costa da Faixa de Gaza e afirmamos que serão alvos legítimos para nosso povo e sua resistência", afirmou o Hamas em um comunicado veiculado pela Agência EFE.

A FPLP também refutou a possibilidade dos britânicos controlarem a distribuição de ajuda no novo porto do enclave, afirmando que isso era um “pretexto para a presença permanente de forças militares no terreno de Gaza com propósitos ‘coloniais malévolos’ e para proteger a segurança da ‘entidade sionista’, algo que o povo e a resistência palestinos estão bem cientes”.

As declarações surgem após uma matéria da emissora britânica BBC afirmar neste sábado (27) que o governo do Reino Unido estaria considerado a possibilidade de enviar tropas do país para coordenar a distribuição de ajuda humanitária que será feita através do porto que está sendo construído pelos EUA na costa do enclave palestino.

Os militares britânicos seriam encarregados de conduzir os caminhões que transportarão a ajuda humanitária do porto até a costa de Gaza, utilizando uma passarela flutuante para o trajeto. Eles também atuariam na distribuição dessa ajuda para os civis.

O Reino Unido já está participando da construção do porto, fornecendo apoio logístico para os militares americanos que estão trabalhando no local.

O Hamas criticou qualquer iniciativa envolvendo a distribuição de ajuda humanitária no enclave palestino que não tenha seu consentimento ou seu controle.

A construção do porto na costa de Gaza foi anunciada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em março deste ano. Tanto Israel quanto outras organizações já denunciaram que o Hamas rouba e desvia grande parte da ajuda humanitária que é destinada aos civis palestinos.

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