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A liderança política do Hamas ordenou a entrega das armas de seus membros no Norte da Faixa de Gaza, uma missão sob responsabilidade de chefes de seu braço armado, as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam. Da região que é alvo da medida costumam ser lançados ataques com foguetes Qassam contra israelenses.

Segundo fontes palestinas, a entrega das armas foi ordenada após a vitória eleitoral dos candidatos do movimento ao Parlamento da Autoridade Nacional Palestina na eleição realizada em 25 de janeiro na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Por enquanto, os dirigentes não deram uma explicação oficial sobre a medida, que alguns atribuem ao desejo do Hamas de satisfazer exigências do Quarteto de Madri formado por Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e ONU. Outros acreditam que o objetivo é promover a unificação das milícias da resistência.

Neste último caso, dizem, essa nova força paramilitar serviria para resistir aos organismos de segurança da Autoridade Palestina do presidente Mahmoud Abbas, que conta com aproximadamente 70 mil homens armados.

Alguns dirigentes políticos como Khaled Mashaal, líder no exílio na Síria, e Mahmoud Al-Zahar, na Cidade de Gaza, declararam recentemente a órgãos de imprensa que estariam dispostos a uma trégua prolongada com Israel se o país aceitar suas condições, entre elas a de deixar a Cisjordânia.

A vitória do Hamas nas urnas trouxe temor à comunidade nacional, principalmente de Israel. Aliados ds israelenses exigiram que o Hamas reconhecesse o Estado judeu e deixasse a luta armada.

A Autoridade Nacional Palestina tomou o controle da Faixa de Gaza em 12 de setembro, depois da retirada do Exército de Israel e do fim dos assentamentos judaicos após uma ocupação de 38 anos.

Os ativistas do Hamas no Centro e ao Sul da Faixa de Gaza seguem armados devido, pela versão oficial, aos confrontos esporádicos com seus rivais do movimento nacionalista Fatah, derrotado nessas eleições após uma hegemonia de décadas.

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