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Foto de arquivo mostra a passagem fronteiriça de Rafah, que conecta o Egito e a Faixa de Gaza.
Foto de arquivo mostra a passagem fronteiriça de Rafah, que conecta o Egito e a Faixa de Gaza.| Foto: EFE

O porta-voz do governo do Hamas na Faixa de Gaza, Salama Maruf, pediu neste sábado ao Egito que faça todos os esforços para reabrir a passagem fronteiriça de Rafah, a única não controlada por Israel, para poder evacuar os feridos e levar suprimentos para o enclave. “Diante dos bombardeios que atingiram a passagem de Rafah no início das hostilidades e levaram ao seu fechamento total, reiteramos a imperiosa necessidade humanitária de voltar a abri-la em ambas as direções de forma regular para facilitar a entrada de bens e combustível, transferir os feridos e cobrir as necessidades da Faixa [de Gaza]”, afirma um comunicado assinado por Maruf no site do grupo extremista islâmico.

“Apelamos aos nossos irmãos na República do Egito para que façam todos os esforços possíveis para cessar este ataque cruel contra o nosso povo e para abrir a passagem de Rafah em ambas as direções com operatividade normal”, conclui a nota do movimento terrorista, que desde 2007 governa de fato o enclave palestino.

Israel decretou um bloqueio total da Faixa de Gaza, cortando o fornecimento de água e eletricidade e a chegada de combustível, razão pela qual a única central elétrica de Gaza já não funciona e até os hospitais sofrem com a falta de energia. Mesmo em um centro esportivo em Khan Yunis, no sul do enclave, onde se refugiaram equipes da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), a situação é catastrófica, sem água corrente ou potável, nem eletricidade ou internet, segundo informaram à Agência EFE fontes locais.

Nos primeiros dias do conflito, aviões israelenses bombardearam o terreno ao redor da passagem de Rafah; segundo o Exército de Israel, o objetivo era destruir túneis utilizados pelo Hamas. O ataque levou ao fechamento da passagem, que até agora não foi reaberta. Neste sábado especulou-se sobre uma possível evacuação através desta travessia de vários estrangeiros, incluindo de cidadãos brasileiros, embora no final não tenha acontecido. O Egito condiciona a possibilidade de passagem à entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas ao mesmo tempo reforçou os bloqueios na fronteira para evitar uma entrada em massa de palestinos.

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