O governo de Israel informou nesta segunda-feira que não tem intenção de interromper a construção de novas moradias para judeus em Jerusalém Oriental, território reclamado por palestinos. Diante da posição israelense, o movimento islamita palestino Hamas pediu à Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, que reconsidere a conversação de paz reiniciada no domingo (9).
"O Hamas considera a decisão de manter os assentamentos judaicos em Jerusalém como um novo insulto sionista e uma atitude de desdém à decisão palestina de iniciar essas negociações absurdas" com Israel, afirmou o Hamas, em comunicado divulgado em Damasco.
"A decisão sionista de construir novas casas no meio de Jerusalém mostra que o retorno às negociações faz parte do pacote da ocupação e dos projetos de assentamento", afirmou. "O Hamas pede que a decisão seja reexaminada para a realização dessas negociações e pare de colocar expectativas no imaginário norte-americano sobre promessas e projetos políticos que provavelmente fracassarão."
As conversações indiretas entre Israel e a Autoridade Palestina foram abertas neste domingo, sob o patrocínio dos Estados Unidos. Autoridades palestinas haviam dito que Washington havia garantido que Israel não retomaria a construção de novos assentamentos em Jerusalém se eles concordassem em retomar as negociações.
O ministro da Informação israelense, Yuli Edelstein, disse à rádio pública nesta segunda-feira que a construção de novas moradias vai continuar em Jerusalém Oriental, mas não por mais dois anos, enfatizando que isto segue procedimentos normais de planejamento. Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital indivisível, enquanto os palestinos veem Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.
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