Um ataque aéreo israelense matou ontem três comandantes do Hamas, afirmaram autoridades do grupo extremista. A ofensiva marca mais uma vez o avanço do conflito na região da Faixa de Gaza após o colapso dos esforços egípcios no começo da semana.
Segundo o Hamas, Mohammed Abu Shamaleh, Mohammed Barhoum e Raed al-Attar morreram no bombardeio que atingiu a cidade de Rafah, no sul da região, durante a manhã. Os militantes ocupavam posições de destaque dentro do grupo e realizaram um trabalho importante na expansão das capacidades militares dos insurgentes nos últimos anos. Eles participaram na escavação de túneis que levavam a Israel, no treinamento de combatentes e no tráfico de armas para Gaza.
A polícia palestina e autoridades de saúde informaram que pelo menos seis pessoas foram mortas pelo ataque e cerca de 12 continuam presas nos escombros do prédio de quatro andares que foi atingido na operação do exército israelense.
Milhares de palestinos marcharam ontem pelas ruas de Rafah em uma procissão funerária, disparando tiros para o alto, hasteando bandeiras de diferentes grupos militantes e cantando músicas religiosas. Os mortos foram carregados pela multidão em macas, enrolados em bandeiras verdes do Hamas.
Os ataques aéreos israelenses são uma resposta aos foguetes lançados pelo Hamas na terça-feira, que rompeu o cessar-fogo que estava em vigor. O porta-voz do grupo extremista Sami Abu Zuhri disse que Israel "não vai conseguir destruir a vontade do povo ou enfraquecer a resistência". Os israelenses "vão pagar o preço", prometeu.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a "inteligência superior" do serviço de segurança Shin Bet e a "execução precisa" dos militares no ataque.
No final da tarde, Israel aprovou a convocação de 10 mil reservistas, mas nem todos foram mobilizados imediatamente, informou uma autoridade de defesa.