Um novo plano de trégua, apresentado pelo grupo terrorista Hamas aos mediadores do Catar e do Egito, prevê 135 dias de cessar-fogo, nos quais haveria a troca de reféns por prisioneiros palestinos condenados em Israel e a reconstrução de Gaza.
Segundo o documento com a proposta, acessado pela agência Reuters, durante os quatro meses e meio de trégua, os reféns seriam libertados em três fases, cada uma com duração de 45 dias, que no fim levaria ao encerramento da guerra.
Uma fonte próxima das negociações disse à agência de notícias que a contraproposta do Hamas não exige uma garantia de um cessar-fogo permanente no início, mas os dois lados do conflito teriam que chegar a um novo acordo nesse sentido antes que os últimos reféns fossem libertados.
A proposta completa prevê que os terroristas libertem o restante dos reféns em cativeiro desde o dia 7 de outubro, em troca de prisioneiros palestinos presos em Israel, entre eles condenados à prisão perpétua. Isso aconteceria durante a reconstrução de Gaza, enquanto as forças militares de Israel sairiam completamente do enclave e os corpos e restos mortais de outros reféns também seriam trocados.
No documento, é informado que as mulheres reféns, os homens com menos de 19 anos, os idosos e os doentes seriam libertados durante a primeira fase de 45 dias, em troca da libertação de mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses. A proposta não indica claramente se as mulheres soldados estão incluídas nesta primeira etapa.
A implementação da segunda fase não começaria até que as partes concluíssem “conversações sobre os requisitos necessários para pôr fim às operações militares mútuas e regressar à calma completa”, diz a contraproposta.
Assim que essa parte for acordada, o restante dos reféns do sexo masculino seriam libertados e os restos mortais seriam trocados na terceira fase. No final da terceira fase, o Hamas esperaria que os lados tivessem chegado a um acordo final sobre o encerramento da guerra.
O grupo terrorista destacou em um trecho do documento que busca a libertação de 1.500 prisioneiros das prisões israelenses, um terço dos quais queria selecionar de uma lista de palestinos que cumprem penas de prisão perpétua. A trégua também aumentaria o fluxo de alimentos e outras formas de ajuda humanitária para Gaza, número não inferior a 500 caminhões por dia.