Uma delegação do grupo terrorista Hamas, que está no Cairo, capital do Egito, para discutir uma possível trégua com Israel, está exigindo a libertação de vários prisioneiros palestinos de alto escalão, tanto do Hamas quanto do Fatah, disseram à Agência EFE fontes familiarizadas com as negociações.
De acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas, a delegação do Hamas, chefiada pelo líder do seu gabinete político, Ismail Haniyeh, informou sobre essa exigência ao chefe da inteligência do Egito, Abbas Kamel, e que ela é um dos “requisitos” para o grupo aceitar a proposta de trégua.
O grupo terrorista ainda não respondeu a proposta de acordo apresentada pelo Catar para uma nova trégua na guerra e uma troca de reféns israelenses e estrangeiros por prisioneiros palestinos que estão nas prisões de Israel, disseram as fontes.
Elas afirmaram que o Hamas está exigindo a libertação de Marwan Barghouti, um importante líder do Fatah preso por realizar ataques contra israelenses, bem como do líder Ahmed Saadat, ex-secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina, preso por Israel após ser acusado de planejar em 2001 o assassinato do ministro do Turismo do país, Rehevam Zeevi.
Os terroristas palestinos também “exigem” a libertação de membros do alto escalão do Hamas e de sua ala militar, como Abdullah Al Barghouti, Hasan Salama, Abbas Al Sayed e Ibrahim Hamed.
As fontes declararam que a insistência do Hamas na libertação de líderes palestinos indica que o grupo já está pensando no pós-guerra, em suas relações com o movimento Fatah e outros grupos palestinos.
À espera de uma resposta do Hamas, está em discussão uma proposta de trégua de cerca de 45 dias que incluiria uma troca de reféns que estão na Faixa de Gaza pela libertação de prisioneiros palestinos em Israel, a ser realizada em três fases.
O acordo proposto inclui o intercâmbio de reféns por prisioneiros em várias etapas, sendo que na primeira prevê-se a libertação de 35 reféns do Hamas em troca da cessação total das operações israelenses por 45 dias, disseram as fontes.
Além disso, inclui a libertação de cerca de cem prisioneiros palestinos em troca de cada refém libertado pelo Hamas, bem como se contempla um aumento na ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Na segunda etapa, militares sequestrados seriam libertados, com a última fase incluindo a remoção dos corpos dos reféns que morreram em cativeiro no enclave palestino, de acordo com as mesmas fontes.
O conflito entre Israel e Hamas teve até agora uma única trégua - de uma semana, entre 24 e 30 de novembro -, que interrompeu os combates e permitiu a troca de 105 reféns, incluindo alguns estrangeiros, pela libertação de 240 prisioneiros palestinos - algo que não se repetiu desde então.
O governo israelense não está disposto a interromper a guerra, apesar da crescente pressão das famílias dos sequestrados para que um acordo seja feito a qualquer preço para a libertação dos 132 reféns que ainda estão no território palestino, dos quais se acredita que cerca de 28 estejam mortos.
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