O grupo militante Hamas rejeitou neste domingo a nomeação de Salam Fayyad pelo movimento rival Fatah para primeiro-ministro, complicando os planos de unificar os governos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e afetando a ajuda internacional para os palestinos.

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A oposição do Hamas à nomeação de Salam Fayyad marca um importante retrocesso no processo de reconciliação, que tem o objetivo de formar um governo interino até a realização de eleições no ano que vem. Desde que as facções rivais anunciaram seu pacto de reconciliação no mês passado, visando a acabar com os desentendimentos de quatro anos, elas parecem ter feito poucos avanços na implementação do programa.

Fatah e Hamas devem se reunir nesta semana no Cairo para iniciar o processo de indicação de membros do novo governo. Não ficou claro se o anúncio do Hamas neste domingo foi uma decisão final, ou uma tática de barganha no momento em que os dois lados se preparam para definir os cargos no gabinete.

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Fayyad, primeiro-ministro da Autoridade Palestina, com base na Cisjordânia, foi nomeado pelo Fatah no fim de semana para que permaneça em seu cargo. Economista formado nos EUA, Fayyad tem o respeito de doadores estrangeiros. O presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, concluiu que a renomeação de Fayyad vai aliviar as preocupações do Ocidente de que o dinheiro doado cairia nas mãos do Hamas, considerado pelo Ocidente como uma organização terrorista.

Salah Bardawil, autoridade do Hamas, afirmou neste domingo à Associated Press que "o Hamas não irá concordar em dar a Salam Fayyad a confiança para comandar o governo de unidade nacional." O gabinete de Fayyad não quis comentar a afirmação. As informações são da Associated Press.