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Veículo blindado em direção ao norte da Faixa de Gaza
Veículo blindado em direção ao norte da Faixa de Gaza| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

O grupo terrorista Hamas se manifestou nesta quarta-feira (27) sobre o cessar-fogo de 60 dias entre Israel e Hezbollah, no Líbano, classificando o acordo como uma "derrota" para Tel Aviv.

À agência Reuters, um oficial do Hamas, Sami Abu Zuhri, agradeceu à “resistência islâmica” por sua “solidariedade” com o povo palestino, ao mesmo tempo em expressou o desejo de alcançar um acordo semelhante para encerrar a guerra dentro da Faixa de Gaza.

Um integrante do gabinete político do Hamas afirmou, em condição de anonimato, à agência AFP que já foi informada aos mediadores no Egito, Catar e Turquia a disposição do grupo em chegar a um "acordo sério para a troca de prisioneiros".

"Expressamos nosso compromisso de cooperar com qualquer esforço para deter o fogo em Gaza, e estamos interessados ​​em deter a agressão contra o nosso povo, dentro dos parâmetros que estabelecemos em nível nacional”, disse o representante do grupo terrorista.

Para uma futura trégua, o Hamas estabeleceu como requisito “uma cessação completa das hostilidades, a retirada das forças de ocupação, o regresso dos deslocados e a conclusão de um acordo real e completo sobre a troca de prisioneiros”.

O grupo ainda enfatizou que a aceitação por parte do “inimigo” [considerado Israel] de um acordo de cessar-fogo no Líbano “sem cumprir os seus objetivos” é um passo importante para “destruir as ilusões de Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro israelense) sobre a derrota das forças palestinas de resistência e mudar o mapa do Oriente Médio".

“Confiamos que o eixo da resistência continuará apoiando o nosso povo e apoiando a sua luta por todos os meios possíveis”, disse o grupo.

O Hamas também elogiou nesta quarta-feira a "firmeza" do povo palestino em Gaza, e fez um apelo à comunidade internacional para pressionar Washington e Israel a cessarem o que chamam de "agressão brutal" contra a Faixa de Gaza, que o grupo terrorista governa desde 2007.

Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou o cessar-fogo no Líbano e disse que os EUA farão "outra tentativa" de alcançar um acordo semelhante em Gaza, em meio às paralisações das negociações.

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