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Ismail Haniyeh, à frente, chefe do gabinete político do grupo terrorista Hamas abatido por Israel em Teerã no dia 31 de julho de 2024, e ao fundo, um cotado para substituí-lo, Yahya Sinwar, que está escondido em túneis de Gaza. Foto de 2017 em Doha, Catar.
Ismail Haniyeh, à frente, chefe do gabinete político do grupo terrorista Hamas abatido por Israel em Teerã no dia 31 de julho de 2024, e ao fundo, um cotado para substituí-lo, Yahya Sinwar, que está escondido em túneis de Gaza. Foto de 2017 em Doha, Catar.| Foto: EFE / MOHAMMED SABER

O grupo terrorista islâmico Hamas iniciou consultas internas para escolher o novo chefe de seu gabinete político para substituir Ismail Haniyeh, que foi morto na quarta-feira (31), em um ataque atribuído ao serviço secreto israelense Mossad em Teerã.

De acordo com o Hamas, seu gabinete político e o Conselho da Shura, um órgão consultivo secreto principalmente religioso, convocaram "reuniões urgentes" para discutir quem deve suceder Haniyeh, como foi feito quando outros líderes foram assassinados.

Os principais candidatos para a sucessão no momento são Khaled Mashaal, um membro fundador do gabinete político que o chefiou entre 2004 e 2017, quando Haniyeh o substituiu, e Khalil al-Hajjah, uma figura poderosa dentro do grupo que era próximo ao líder assassinado.

"Desde as primeiras horas da criminosa e traiçoeira operação de assassinato sionista contra o irmão, líder e lutador mártir Ismail Haniyeh, o gabinete político do Hamas e seu Conselho da Shura convocaram reuniões urgentes", disse o grupo em um comunicado.

O grupo islâmico palestino enfatizou que suas instituições executivas e o Conselho da Shura têm "mecanismos eficazes e práticos para continuar o caminho da resistência" e que o movimento anunciará os resultados de suas consultas assim que forem finalizados.

"O que alguns veículos de comunicação e plataformas de rede social estão circulando sobre a atribuição de nomes específicos ao líder do movimento não tem base na verdade", acrescentou.

O Hamas garantiu a seus seguidores que essa não é a primeira vez que os líderes do Hamas são assassinados por Israel, e que o movimento sempre sobreviveu "devido ao seu alto nível de institucionalidade e à sua Shura profundamente enraizada", escolhendo rapidamente seus substitutos.

No passado, Israel assassinou vários líderes importantes do Hamas: o fundador do grupo, o xeque Ahmed Yassin, que estava em cadeira de rodas, em março de 2004, e seu sucessor, Abdelaziz Rantisi, menos de um mês depois; assim como dois outros chefes do braço armado, Salah Shehade (2002) e Ahmed Jabari (2012).

"O assassinato do irmão combatente Ismail Haniyeh só aumentará a força e a determinação do Hamas e da resistência palestina em continuar seu caminho e sua abordagem. Seu sangue puro e nobre acenderá o fogo da resistência e a intensificará e aumentará", afirmou.

Haniyeh oferecia palavras similares em homenagem a outros terroristas. Quando os EUA mataram Osama Bin Laden em 2011, o palestino o chamou de "guerreiro santo".

Além de Haniyeh, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Israel matou Saleh al Arouri, o "número dois" do gabinete político, com uma bomba em Beirute em janeiro, assim como os comandantes militares das Brigadas al Qassam, o braço armado do Hamas: seu comandante-chefe Mohamed Deif e seu vice Marwan Issa.

Deif dirigia a estratégia militar do grupo desde 2002 e é considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro, juntamente com Yahya Sinwar, o líder do Hamas dentro de Gaza, que combina os lados político e militar e presume-se que esteja vivo, escondido nos túneis do enclave.

O Conselho da Shura é um órgão consultivo secreto composto por oficiais eleitos pelos membros do Hamas de quatro áreas: Gaza, Cisjordânia, diáspora e prisioneiros em prisões israelenses.

Conteúdo editado por:Eli Vieira
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