Beirute - O primeiro-ministro interino do Líbano, Saad Hariri, retornou ao país ontem, dois dias depois de a coalizão liderada pelo Hezbollah ter derrubado seu governo. Hariri vem tentando angariar apoio internacional nos Estados Unidos, França e Turquia desde que os 11 ministros aliados ao grupo militante xiita renunciaram na quarta-feira.
Hariri se reunia com o presidente Barack Obama na quarta-feira quando seu governo caiu. Seu escritório não divulgou o resultado de suas reuniões no exterior, que também incluíram o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O governo turco deve propor uma conferência internacional para cuidar da crise e aconselhar Hariri a buscar um consenso com o Hezbollah e seus aliados cristãos, disse ontem a rede de televisão privada NTV.
O Hezbollah, que já é a maior força militar do Líbano, tenta expandir seu poder político ao colocar um aliado como primeiro-ministro.
Hezbollah
A ação do Hezbollah tem ligação com a longa disputa a respeito do Tribunal Especial para o Líbano da Organização das Nações Unidas (ONU), que poderá indiciar altos integrantes do Hezbollah no processo que investiga o assassinato de Rafiq Hariri, ex-premiê e pai de Saad, em 2005.
As demissões ministeriais ocorreram depois do fracasso da Arábia Saudita e da Síria em conseguir um acordo entre os dois grupos rivais. Os 11 ministros se retiraram do governo, formado em novembro de 2009.
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