Inundações e os prejuízos causados pelo furacão Harvey, nos Estados Unidos, estão se tornando cada vez mais visíveis e podem fazer parte do desastre natural mais caro da história do país. De acordo com consultorias americanas, o prejuízo econômico pode chegar a US$160 bilhões (o equivalente a R$ 503 bi). O governado do Texas, a primeira região atingida pelo fenômeno, disse que o estado vai precisar de US$ 125 bilhões de recursos federais (R$ 393 bilhões) para reconstruir áreas atingidas e apoiar a população. Cerca de 1 milhão de pessoas estão fora de casa após alagamentos no Texas.
Segundo a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu US$ 1 milhão em fundos pessoais para colaborar com a recuperação dessas regiões. No passado, o presidente foi criticado por dar menos dinheiro a causas de caridade do que muitos outros multimilionários.
A tempestade Harvey chegou aos Estados Unidos no sábado (26) e impactou empresas, infraestrutura, moradores e também o mercado nacional, já que a região abriga um importante polo petroquímico do país. O estado do Texas tem a segunda maior economia dos Estados Unidos, atrás apenas da Califórnia. O Produto Interno Bruto (PIB) local supera US$1,6 trilhão (R$ 5 trilhões).
O efeito do fenômeno já foi sentido no aumento do custo da gasolina, a partir do fechamento de seis grandes refinarias. Antes da passagem do Harvey, o preço do galão de gasolina em Atlanta, na Geórgia, era de US$2,10 (por galão de 3,7 litros, cerca de R$ 6,60). Hoje, o produto é encontrado a US$2,45 por galão (R$ 7,70).
Por enquanto, os custos para reconstruir a região vão ser sentidos especialmente para a população das áreas atingidas. Cerca de 80% dos moradores da região afetada não possuem seguro residencial. Mais de 40 mil casas foram destruídas, segundo o governo local.
As autoridades estão em alerta por causa das fábricas que sofreram descargas elétricas e apagões, além do risco de vazamentos em reservatórios de petróleo e gasolina. Esses tanques não foram projetados para estar em contato direto com a água e, por isso, existe um risco de que ocorram rupturas e que combustíveis alcancem as águas.
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