O Ministério da Saúde de Cuba confirmou ontem que foram registrados até o momento 51 casos de cólera em Havana, mais de quatro meses depois de ter sido erradicado um foco no leste da ilha. Esta é a primeira vez em mais de cem anos que a doença atinge a capital do país.
Segundo as autoridades, o atual foco que atingiu a capital de 2,2 milhões de habitantes está em fase de extinção. O agente causador encontrado é o vibrião Vibrio Cholerae O1 Tor enterotoxigênico serotipo Ogawa.
O governo informa que o fogo encontrado foi descoberto após o aumento das ocorrências de diarreia no bairro do Cerro no último dia 6. O surto teria se originado de um vendedor de alimentos, que foi infectado com o vibrião que transmite a doença em outro surto no interior do país e não apresentava sintomas.
O ministério diz que estão extinguindo os focos do vibrião e fez uma campanha para que a população não descuide da higiene, da qualidade da água e da limpeza dos alimentos.
Os representantes do ministério não confirmam a ocorrência de mortes causadas pela doença, mas moradores da cidade ouvidos pela agência de notícias Associated Press disseram que uma pessoa morreu.
Apesar de não serem comuns em Havana, os surtos de cólera acontecem com frequência no interior cubano.