A aguardada operação de resgate dos passageiros a bordo do navio russo Akademik Shokalskiy na Antártida, que está sem poder se mover desde a véspera de Natal, teve início nesta quinta-feira (2).
Segundo o porta-voz da expedição, Alvin Stone, um helicóptero do navio chinês Snow Dragon pousou no navio nesta tarde, no horário local. "O resgate está em curso, então há um pouco de alegria", disse. A chegada do helicóptero foi acompanhada pelo líder da expedição, Chris Turney, que postou em sua conta no Twitter um vídeo com o momento do pouso.
Mais cedo, a autoridade australiana para segurança marítima havia dito que a piora nas condições climáticas adiaria a expedição. A autoridade disse que estava tentando confirmar a notícia de que o plano de evacuação começou.
O navio russo contém 74 pessoas à bordo. O plano elaborado pelas autoridades australianas prevê utilizar o helicóptero do navio chinês Snow Dragon para resgatar os 52 cientistas e turistas à bordo, uma dúzia por vez, em uma operação com duração de cinco horas. Todos os 22 membros da tripulação devem continuar no navio.
Os passageiros devem ser então transportados de helicóptero por 11 quilômetros para o Snow Dragon, de onde eles seguirão de barca ao navio quebra-gelo australiano Aurora Australis. A partir daí, todos serão levados à ilha da Tasmânia, com previsão de chegada em meados de janeiro.
A autoridade australiana para segurança marítima, que coordena o resgate, havia dito nesta manhã que o gelo bloqueou o caminho que a embarcação teria que percorrer do navio australiano até o navio chinês.
O navio, que transporta muitos cientistas e turistas australianos, sendo a tripulação russa, ficou preso no gelo na véspera de Natal. Apesar de não poder se mover, o Akademik Shokalskiy não corre risco de afundar e possui suprimentos para os passageiros se manterem por semanas.
Três navios quebra-gelo já tentaram chegar ao navio russo, mas todos falharam. O Aurora Australis conseguiu alcançar uma distância de 20 quilômetros do navio russo na segunda-feira, mas fortes ventos e a neve forçaram a embarcação a recuar para o mar aberto.
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