Helicópteros norte-americanos atacaram militantes entricheirados em arranha-céus de Bagdá na quarta-feira, numa operação que segundo os militares dos EUA se destina a retomar o controle de uma importante rua do centro da capital.
Ao longo de um dia de combates na área, 30 insurgentes foram mortos e 35 detidos, segundo o ministério iraquiano da Defesa. Os militares dos EUA disseram que um soldado do país morreu no centro de Bagdá, mas não confirmaram se a morte aconteceu durante os combates. Soldados iraquianos e norte-americanos, apoiados por helicópteros Apache e veículos blindados Stryker com fortes metralhadoras, enfrentaram os militantes na rua Haifa numa batalha que começou ao amanhecer, disse o porta-voz militar major Steven Lamb.
Segundo ele, os soldados foram alvejados com metralhadoras, morteiros e granadas de propulsão. A região, majoritariamente sunita, fica a apenas dois quilômetros da vigiadíssima Zona Verde, onde funcionam os principais órgãos públicos.
``Muita coisa veio dos prédios altos. Estamos disparando contra os terroristas nesses prédios'', disse Lamb à Reuters.
Um morador disse ter visto seis mortos, todos homens, um deles ao lado de um rifle. Um jornalista iraquiano disse ter transportado 37 feridos ao hospital, inclusive mulheres e crianças, em três ambulâncias que conseguiram furar o cordão de isolamento.
A ofensiva foi condenada pela Associação dos Acadêmicos Muçulmanos (sunitas), que a qualificou de ``campanha de genocídio''.
A rua Haifa, uma longa via de prédios altos construídos pelo ex-ditador Saddam Hussein no início da década de 1980, é paralela à margem oeste do Rio Tigre, que divide a capital.
Os militares dos EUA disseram que a missão de quarta-feira ''não era uma operação destinada a atacar apenas insurgentes sunitas, mas a isolar rapidamente todos os insurgentes ativos e retomar o controle desta localização chave no centro de Bagdá''.
Segundos os militares, dois marines foram mortos em combate na terça-feira na província de Anbar (oeste), para onde Bush pretende enviar mais 4.500 soldados.
Fontes disseram que um helicóptero da empresa norte-americana de segurança Blackwater caiu na terça-feira em Bagdá porque o piloto foi morto a tiros durante o vôo. Três outros passageiros do aparelho, que dava cobertura a um comboio diplomático, podem ter sido baleados na hora da queda, ou morrido em função dela. Uma quinta pessoa, num outro helicóptero da Blackwater, também foi morta.
O embaixador dos EUA, Zalmay Khalilzad, prestou condolências aos funcionários da empresa, que participavam da guarda da embaixada, dizendo que conhecia pessoalmente as vítimas.
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião