A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou hoje que a formação de um governo dominado pelo Hezbollah no Líbano significará mudanças na relação entre o país e os Estados Unidos. Juntamente com Canadá e Israel, os EUA classificam o braço militar do partido xiita como uma organização terrorista.
Hoje, o novo primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, que é apoiado pelo Hezbollah, iniciou as conversas para a formação do governo. Ele recebeu a tarefa de formar um novo governo após o Hezbollah e seus aliados derrubarem o gabinete de Saad Hariri. O motivo foi uma disputa por causa de um tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga o assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri, pai de Saad. Especula-se que o tribunal indicie membros do Hezbollah pelo crime.
Apesar das críticas, Mikati rejeita a acusação de que é um "homem do Hezbollah", dizendo que não está atrelado à agenda do grupo. "Eu digo com toda a honestidade que minha nomeação pelo Hezbollah não significa que estou comprometido com nenhuma de suas posições políticas, exceto no que concerne à proteção da resistência nacional", comentou, referindo-se à luta do grupo militante xiita contra Israel.
A Arábia Saudita aconselhou hoje seus cidadãos a não viajarem para o Líbano, "até que a calma e a estabilidade voltem ao país". O país apoia Hariri e a coalizão 14 de Março. Hariri também possui cidadania saudita.
O vice-primeiro-ministro de Israel, Silvan Shalom, disse que o Líbano estava se tornando "refém" do Irã e do Hezbollah. "A comunidade internacional deve fazer de tudo para impedir o Hezbollah e o Irã de tomarem o Líbano como refém", afirmou ele, em entrevista à rádio pública israelense. "O Hezbollah não é simplesmente uma organização terrorista, é uma organização terrorista controlada pelo Estado iraniano", disse Shalom.
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