A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pressionou o Quênia no sábado, para que o país realize eleições justas e livres e que seja um exemplo para a África, enfatizando a necessidade de evitar a perda econômica e o derramamento de sangue, que aconteceram durante a eleição de cinco anos atrás.
A eleição geral, que ocorrerá em março do ano que vem, será a primeira desde a polêmica eleição de 2007, que desencadeou um massacre étnico com base política, matando mais de 1,2 mil pessoas.
"Estimulamos a nação a se unir e preparar as eleições que serão um verdadeiro modelo para o mundo inteiro," disse Hillary aos jornalistas em Nairobi.
Ela se reuniu com o Presidente Mwai Kibaki, que está impedido por lei de concorrer a um terceiro mandato, e com o primeiro ministro Raila Oding, que lidera as pesquisas de opinião na corrida para substituí-lo.
Os dois eram os principais rivais na disputada campanha presidencial, quando o então líder da oposição, Odinga, acusou Kibaki de roubar votos.
Gangues se enfrentaram com facões e cassetetes e as forças de segurança abriram fogo contra elas, até que o mediador, Kofi Annan, intermediou um pacto de divisão de poder entre Kibaki e Odinga, que pôs fim à violência e deu a Odinga o cargo de primeiro-ministro.
Antes de se reunir com membros da comissão eleitoral do Quênia, Hillary disse aos repórteres que nas suas conversações com Kibaki havia enfatizado "a importância de uma eleição transparente, confiável e de um processo eleitoral livre e justo".
A secretária fez um alerta sobre o custo de outra eleição fracassada, estimulando o governo e a sociedade civil a trabalharem juntos.
"Por outro lado, a agitação que pode resultar de uma eleição polêmica tem um custo terrível tanto em vidas perdidas quanto no impacto econômico," ela disse. ""A instabilidade que se seguiu à última eleição custou à economia do Quênia, de acordo com as estimativas, mais de um bilhão de dólares."
Começando uma visita a sete países da África pelo Senegal, na quarta-feira. Hillary pediu à África que retome o compromisso com a democracia, declarando que as "antigas formas de governo" não podem mais funcionar em um continente com um forte crescimento econômico e com uma população cada vez mais consciente.
Ela também se reuniu com o presidente da Somália, Sheikh Sharif Ahmed, e com outros líderes do país, em Nairobi e vai visitar o Maláui e a África do Sul.
A viagem da secretária à África destina-se, em parte, a fortalecer seus laços dos Estados Unidos com seus aliados, como o Quênia, a potência econômica da África oriental, devido à crescente ameaças dos militantes islamitas.
Um comunicado da presidência queniana informou que Hillary tinha reconhecido a importância que o Quênia continua a ter na estabilização da Somália e do Nordeste Africano, e prometeu seu apoio para tais iniciativas.
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