| Foto: John Sommers II/AFP

A pré-candidata à presidência Hillary Clinton tem nesta terça-feira (17) nos estados do Oregon e Kentucky uma nova oportunidade de ampliar sua vantagem sobre o senador Bernie Sanders nas primárias do Partido Democrata, visando as eleições de novembro nos Estados Unidos.

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Com a disputa entre os republicanos virtualmente decidida em favor do bilionário Donald Trump, a ex-secretária de Estado está prestes a garantir sua indicação como a candidata democrata, mas ainda enfrenta a resistência do carismático senador Sanders.

Franca favorita, Hillary Clinton se apoia fundamentalmente no respaldo dos ‘superdelegados’ do Partido Democrata (legisladores e dirigentes) para liquidar a fatura antes da convenção nacional, prevista para julho.

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No início da campanha eleitoral, a direção do Partido Democrata parecia considerar que a nomeação de Clinton seria algo apenas protocolar e que a ex-secretária de Estado teria tempo de preparo para enfrentar um candidato republicano.

A disputa partidária se aproxima dos capítulos finais com Hillary Clinton em boa vantagem, mas ainda incapaz de cantar vitória, já que parte considerável do eleitorado democrata deixou claro que prefere as propostas mais ousadas de Sanders.

Assim, ao invés de afinar o discurso para enfrentar Trump na campanha presidencial, Hillary Clinton passou a segunda-feira em intensa campanha em Kentucky, em busca dos votos de um setor que resiste em apoiá-la: os homens brancos da classe operária.

As pesquisas indicam uma vitória de Sanders em Kentucky e Hillary tenta desesperadamente conter a fuga de votos.

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Recuperação

Na semana passada, Sanders venceu com folga as primárias no estado da Virginia Ocidental, que tem em comum com Kentucky a importante indústria do carvão.

O triunfo de Sanders na Virginia Ocidental foi um verdadeiro revés para Clinton, que derrotou com boa vantagem Barack Obama neste estado na disputa interna democrata de 2008.

Agora, Hillary tenta reparar os estragos provocados por sua declaração de março, durante um ato de campanha, de que colocaria “muitas empresas de carvão e mineiros fora do negócio”. Claramente, os trabalhadores do setor na Virginia Ocidental e em Kentucky acusaram o golpe.

Em uma tentativa de recuperar espaço em Kentucky, a pré-candidata apresentou o seu trunfo na segunda-feira: a presença de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.

“Disse ao meu marido que, se eu tiver a sorte de ser presidente e ele for o primeiro-cavalheiro, espero que comece a trabalhar, para aumentar os salários”, disse a ex-secretária de Estado, sugerindo um papel para o ex-presidente em sua eventual gestão na Casa Branca, possivelmente na área econômica.

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No domingo, Hillary havia declarado que poderia pedir ao marido que se encarregasse de “revitalizar a economia”, sem divulgar mais detalhes.