A ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton concordou em depor perante uma comissão da Câmara que investiga as mortes de quatro norte-americanos em um ataque terrorista em Benghazi, na Líbia, em 2012.

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Nick Merrill, um porta-voz de Hillary Clinton, principal pré-candidata do Partido Democrata à Presidência dos EUA, confirmou neste sábado, 25, que ela havia aceitado o convite do presidente do Comitê sobre Benghazi, o republicano Trey Gowdy, para um depoimento a ser realizado em outubro. A fala de Clinton deve ocorrer antes da apresentação do relatório da comissão especial.

Um porta-voz do Comitê sobre Benghazi afirmou que as negociações sobre o depoimento de Clinton estavam em curso e que as regras básicas para a fala estavam sendo negociadas com o advogado da democrata.

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O comitê informou ainda que David Kendall, advogado de Clinton, estava insistindo que o questionamento dos deputados se centrasse somente nos ataques de Benghazi e não no uso do e-mail pessoal pela ex-secretária. Os republicanos, que são maioria no comitê, já sinalizam que não irão concordar com estas exigências.

“A discussão sobre a ex-secretária de Estado ter usado uma conta de e-mail pessoal para troca de mensagens confidenciais está claramente dentro do âmbito da competência do Comitê sobre Benghazi”, disse Jamal Ware, porta-voz para os republicanos do Comitê.

A comissão está investigando o ataque a uma instalação diplomática norte-americana em Benghazi, que ocorreu enquanto Hillary Clinton era secretária de Estado. Esse ataque matou Christopher Stevens, embaixador dos EUA para a Líbia, e o Diretor do Serviço de Estrangeiros, Sean Smith. Também morreram no atentado os empreiteiros Tyrone Woods e Glen Doherty, que trabalhavam para a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês).

O ataque ocorreu em meio à campanha de reeleição do presidente Barack Obama e tem sido um ponto de crítica da condução da política externa por Clinton.

No início deste ano, uma série de e-mails vazados do Departamento de Estado mostra que Clinton recebeu advertências de seus principais assessores sobre a deterioração das condições de segurança na Líbia nos meses que antecederam o ataque.

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A comissão também está investigando a decisão de Clinton de usar um servidor de e-mail pessoal enquanto chefe do Departamento de Estado, o que teria deixado a ex-secretária exposta a ataques hackers.