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O encontro climático do mês que vem em Copenhague não deve resultar em um acordo com força de lei para redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (13) pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, durante visita a Manila. No entanto, ela disse que o governo dos Estados Unidos segue comprometido com um tratado com força de lei. "Um acordo final não necessariamente virá rápida ou facilmente", previu.

Falando durante um encontro em uma universidade da capital filipina, Hillary afirmou que a administração Barack Obama pretende buscar um "acordo-quadro" que poderia servir de modelo para um pacto com força de lei no futuro. "Nós estamos indo a Copenhague 100% comprometidos a criar um acordo-quadro", afirmou. "Nós duvidamos que possamos chegar a um acordo com força de lei que todo mundo quer, porque muitos países têm muitas dúvidas. Mas realmente acreditamos que podemos produzir um acordo-quadro muito consistente", avaliou Hillary.

Na quarta-feira, durante uma conferência de ministros das Relações Exteriores da Ásia e do Pacífico, em Cingapura, Hillary pediu que a busca pela perfeição não "atrapalhe o caminho do progresso". A fala aparentemente foi dirigida a países da Europa que pediam um tratado integral já no encontro entre 7 e 18 de dezembro em Copenhague.

Conferência

Pelo menos 40 líderes mundiais já se comprometeram a comparecer à conferência de Copenhague. O encontro ocorrerá após dois anos de duras negociações lideradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para rascunhar um acordo que deve substituir o Protocolo de Kyoto, válido até 2012.

Entre os presentes devem estar o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende. Obama disse que pode aparecer, mas não garantiu. Os EUA, que ignoraram o Protocolo de Kyoto durante os oito anos de George W. Bush no poder, são vistos como cruciais na questão. O país, porém, ainda não apresentou metas, também por causa do ritmo lento da legislação climática no Congresso.

Os cientistas das Nações Unidas afirmam que os países ricos devem cortar suas emissões de gases causadores do efeito estufa em entre 25% e 40% até 2020, tendo como base os índices de 1990. Com isso, evitariam que a temperatura da Terra aumentasse em 2 graus acima da média encontrada antes da Era Industrial, iniciada há mais de 150 anos. Qualquer aumento da temperatura acima desse nível pode causar uma catástrofe, dizem os especialistas.

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