A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deixou Pequim neste sábado (5) sem a companhia do ativista Chen Guangcheng, que tinha manifestado seu desejo de viajar no avião da chanceler dos Estados Unidos quando ela fosse embora do país asiático.

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Foi o que confirmou à Agência Efe o assessor de imprensa da embaixada dos Estados Unidos em Pequim, Richard Buangan. Ele disse que Hillary partiu em um voo por volta das 14h locais (3h de Brasília) rumo a Bangladesh, após uma viagem de quatro dias marcada pelas negociações sobre o dissidente cego.

Cheng continua hospitalizado enquanto espera as autoridades prepararem seu passaporte e o de sua família, disseram à Efe fontes do hospital.

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A porta-voz do departamento de Estado americano, Victoria Nuland, confirmou nesta sexta-feira que a China se comprometeu a expedir os documentos de Chen e de sua família, e manifestou seu desejo de que o faça "rapidamente".

Um alto funcionário do governo americano, que pediu para se manter no anonimato, confirmou que os EUA têm "grande confiança" no êxito do acordo obtido nesta sexta-feira que prevê a viagem de Chen aos EUA para estudar na Universidade de Nova York.

O dissidente recebeu um convite da escola de Direito da universidade por meio de um professor da instituição amigo de Chen, Jerome A. Cohen.

É provável que o ativista tenha de voltar a sua província natal, Shandong, onde permaneceu quatro anos em prisão domiciliar, para poder tramitar seu passaporte, como dispõe a legislação chinesa.

Perguntado a respeito, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Liu Weimin, respondeu nesta sexta-feira que "as autoridades chinesas atuarão de acordo com a lei". Segundo ele, "(Chen) foi posto em liberdade e agora é um cidadão normal, portanto, pode solicitar (o passaporte) pelos métodos e procedimentos normais".

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