A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, defensora acirrada dos direitos das mulheres, levantou com o ministro do Exterior da Arábia Saudita a questão da proibição de mulheres na condução de veículos no reino, informou o Departamento de Estado dos EUA na segunda-feira.

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Hillary conversou com o chanceler saudita, o príncipe Saud al-Faisal, na sexta-feira, sobre uma série de questões regionais, segundo a porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland.

"Durante a discussão eles conversaram sobre o Iêmen, conversaram sobre a Síria, e o tema das mulheres ao volante foi levantado", disse Nuland.

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Grupos de defesa dos direitos civis têm pressionado Hillary Clinton publicamente a exercer sua influência para combater a proibição de mulheres ao volante na Arábia Saudita, que vem sendo desafiada nas últimas semanas por sauditas que se arriscaram a ser presas para conseguirem dirigir.

Nuland se negou a dar maiores detalhes sobre a conversa de Hillary com o príncipe Saud, mas disse que sua abordagem relativamente branda ao tema não significa que a secretária de Estado o veja como algo pouco importante.

"Acho que ela está avaliando a melhor maneira de apoiar os direitos universais das mulheres", disse Nuland. "Há momentos em que faz sentido fazer isso publicamente, e outros momentos em que o melhor é exercer diplomacia discreta."

"A secretária vem fazendo um pouco de diplomacia discreta sobre esse tema, assim como vêm fazendo muitas outras pessoas."

Aliada chave dos EUA em assuntos de segurança e importante fornecedora de petróleo para o país, a Arábia Saudita é uma monarquia absoluta que aplica uma versão austera do islamismo sunita. A polícia religiosa patrulha as ruas para implementar a segregação pública entre homens e mulheres.

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Além de serem proibidas de dirigir, as mulheres na Arábia Saudita precisam da aprovação por escrito de um tutor do sexo masculino para poderem viajar para fora do país, trabalhar e até mesmo ser submetidas a determinadas cirurgias.