Hillary Clinton deixou nesta sexta-feira (1) o Departamento de Estado dos Estados Unidos após enviar sua carta de renúncia como titular das Relações Exteriores ao presidente Barack Obama e pronunciar um emocionado discurso para seus funcionários.
"Foi uma honra extraordinário ser secretária de Estado, e um orgulho servir com as quase 75 mil pessoas do serviço exterior", disse Hillary pouco antes de entrar em seu carro oficial e deixar a sede do Departamento.
O ex-senador democrata John Kerry assumiu a pasta, após jurar seu cargo em cerimônia privada.
Hillary teve uma despedida calorosa do pessoal do Departamento de Estado, que a recebeu com um enorme cartaz de "obrigado" e reagiu entre risos e aplausos a seu último discurso.
"Esta foi uma semana difícil, por ter de dizer adeus a tanta gente e saber que não poderei continuar fazendo parte desta incrível equipe", disse Hillary, que brincou dizendo que vai continuar ligando para o Centro de Operações do Departamento de Estado "só para falar".
"Estou muito agradecida que tenhamos tido esta oportunidade de fazer com que nosso país - e nós -, seja mais seguro, mais justo, melhor", continuou.
"Espero que a próxima semana todos vocês estejam tão centrados e dedicados ao secretário de Estado Kerry como foram a mim", acrescentou.
Em seu último dia como secretária de Estado, Hillary teve que lidar com um atentado contra a embaixada americana em Ancara (Turquia), que causou dois mortos e vários feridos.
Após ser informada do fato, ligou para o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, e para seu embaixador nesse país, Francis Ricciardone.
"Sei que o mundo no qual tentamos estar no século XXI trará muitos dias difíceis", falou Hillary após mencionar o ataque na Turquia.
"Mas hoje sou mais otimista que quando cheguei aqui há quatro anos, porque vi, dia após dia, que muitas das contribuições que nossos diplomatas fazem proporcionam o tipo de paz, progresso e prosperidade que o mundo tanto merece", acrescentou.
Após deixar o Departamento de Estado, Hillary antecipou que escreverá memórias e dedicará esforços a impulsionar o papel da mulher na política, embora, por enquanto, não tenha revelado suas próprias ambições nesse campo.