A decisão de Cuba de libertar 52 prisioneiros políticos está demorando, mas ainda é um sinal positivo do governo comunista da ilha, disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, nesta quinta-feira.
"Fomos encorajados pelo aparente acordo entre a Igreja Católica e as autoridades de Cuba para a libertação dos 52 prisioneiros políticos", disse Hillary a jornalistas depois de uma reunião com o primeiro-ministro da Jordânia, em visita aos EUA.
"Achamos que seja um sinal positivo. É algo que já demorou muito para acontecer, mas não deixa de ser muito bem-vindo."
A Igreja Católica de Cuba anunciou na quarta-feira que Havana teria concordado com a libertação, aparentemente uma grande concessão à pressão internacional pelos direitos humanos.
A Igreja disse que cinco dos prisioneiros seriam libertados na quarta-feira e receberiam permissão para viajar à Espanha, enquanto os 47 restantes seriam libertados nos próximos meses.
Hillary disse que conversou na quarta-feira com o ministro de Relações Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, que esteve em Havana e participou das negociações com autoridades da Igreja e do governo.
Mas ela não respondeu diretamente a uma pergunta se a libertação dos prisioneiros influenciaria a decisão do governo do presidente Barack Obama pelo fim do embargo econômico de 48 anos sobre Cuba.
O presidente Barack Obama realizou modestos esforços para melhorar as relações com Cuba, inclusive um pequeno alívio ao embargo, e já disse que não haveria maiores progressos quando os prisioneiros políticos fossem libertados.
Mas Hillary disse em abril que acreditava que os dois presidentes Fidel Castro e seu irmão Raul, que assumiu a presidência em 2008, não tinham verdadeiro interesse em melhorar as relações com os Estados Unidos porque poderia ser uma ameaça ao seu poder.
Outro fator que complica as relações entre Estados Unidos e Cuba é a detenção do empreiteiro norte-americano Alan Gross, que está preso em Havana desde dezembro sob suspeita de atividades de espionagem.
Autoridades dos EUA, que dizem que Gross não é um espião e só estava fornecendo acesso à Internet a grupos judeus, alegam que não haverá melhoras significativas nas relações até que ele seja libertado.
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