A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, conversou na quinta-feira com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, numa visita destinada a reforçar os laços com o mundo islâmico. Mais tarde, ela embarca para Seul, onde discutirá a ameaça militar norte-coreana.
Hillary disse na quarta-feira que gostaria de aprofundar a cooperação com o mais populoso país islâmico em temas de combate ao terrorismo, mudança climática e segurança. "É exatamente o tipo de parceria abrangente que acreditamos que estimulará tanto a democracia quanto o desenvolvimento", disse ela, acrescentando que a Indonésia foi o destino escolhido "não por acidente".
Ela também discutiu a crise financeira global, e o chanceler indonésio, Hassan Wirajuda, disse que Jacarta citou a possibilidade de receber ajuda dos EUA na forma de um "swap" cambial ou de uma possível verba de contingência para ajudar o país, que tem a maior economia do Sudeste Asiático.
A Indonésia já busca ampliar um acordo de "swap" cambial de 6 bilhões de dólares com o Japão, e tem negócios similares com China e Coreia do Sul, no valor de 3 bilhões de dólares cada.
Hillary, vestindo uma jaqueta azul-marinho, foi recebida pelo presidente no seu gabinete, num palácio branco de estilo colonial em Jacarta.
Yudhoyono, que disputa a reeleição neste ano, quer exibir uma Indonésia estável, que se tornou uma vibrante democracia nesses pouco mais de dez anos desde a renúncia do ditador Suharto, em 1998.
Hillary vê a Indonésia como prova de que a modernidade e o Islã podem coexistir. O presidente dos EUA, Barack Obama, viveu quatro anos nesse país quando era criança.
A secretária deve visitar um projeto da USAid (órgão norte-americano de ajuda internacional) em Jacarta, antes de embarcar ainda na quinta-feira para Seul, onde encontrará uma situação de tensão na península da Coreia.
Nas últimas semanas, o regime comunista norte-coreano ameaça repetidamente reduzir o Sul a cinzas. Na quinta-feira, a Coreia do Norte disse estar preparada para recomeçar uma guerra -- há um cessar-fogo em vigor desde 1953.
Pyongyang está supostamente preparando um teste de seu míssil de mais longo alcance, o que analistas dizem que se destina a chamar a atenção dos EUA e a pressionar Seul a atenuar sua linha-dura contra o regime comunista.
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