O Congresso dos Estados Unidos pode se movimentar neste mês para aumentar as relações comerciais com Moscou, disse neste sábado (8) a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, mas a Rússia deixou claro, após as negociações, que ainda existem grandes diferenças em relação à Síria e ao Irã.
Hillary, que está na Rússia para uma cúpula de países da região do Pacífico, disse que o governo norte-americano está trabalhando com o Congresso para acabar com uma emenda de 1974, a Jackson-Vanik, que no contexto da Guerra Fria já bloqueava privilégios comerciais para a Rússia.
Mudar essa lei é uma parte importante dos esforços do presidente Barack Obama para fortalecer os elos com os russos.
"Para garantir que nossas empresas concorram aqui na Rússia estamos trabalhando junto ao Congresso dos EUA para acabar com a aplicação da Jackson-Vanik à Rússia e conceder ao país relações comerciais normalizadas permanentemente", disse a secretária a líderes empresariais na cidade portuária de Vladivostok.
"Esperamos que o Congresso aja nessa importante legislação neste mês", afirmou ela em discurso antes da abertura da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec, na sigla em inglês).
O Congresso norte-americano está sob pressão para aprovar a lei da normalização permanente das relações comerciais (PNTR, em inglês) por conta da entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), um movimento apoiado pelos EUA.
Mas as preocupações no Congresso com o apoio de Moscou ao Irã e à Síria, assim como o histórico de respeito aos direitos humanos no país, deixa incerto o momento da votação.
O candidato à presidência pelo Partido Republicano, Mitt Romney, que chama a Rússia de "inimigo geopolítico número um" para os EUA, disse que só apoiará a medida em favor da Rússia se houver um forma de acabar com violações aos direitos humanos no país.
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