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A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse na sexta-feira que "todos lamentam muito" o incidente que resultou na prisão de duas jornalistas norte-americanas pela Coreia do Norte, que as acusa de terem ingressado ilegalmente no país.

Ela também repetiu a esperança expressa inicialmente pelo Departamento de Estado na quinta-feira de que as duas possam receber anistia. Foi a primeira vez em que o governo dos EUA reconheceu a possibilidade de as duas mulheres terem cometido um delito.

Laura Ling e Euna Lee, do grupo de mídia americano Current TV, foram presas em março perto da fronteira entre a China e a Coreia do Norte, enquanto faziam uma reportagem sobre o tráfico de mulheres. Em junho elas foram condenadas por "crimes grandes" e sentenciadas a 12 anos de trabalhos forçados.

Indagada sobre o caso por um funcionário do Departamento de Estado, Clinton suspirou e disse: "As duas jornalistas e suas famílias expressaram remorsos profundos pelo incidente, e acho que todos lamentam muito que aconteceu".

"O que esperamos agora é que essas duas jovens recebam anistia do sistema norte-coreano e sejam autorizadas a regressar para suas famílias o mais rapidamente possível."

Lisa Ling disse à KCRA, filiada da NBC em Sacramento, Califórnia, que sua irmã Laura lhe disse ao telefone na terça-feira que ela e sua colega Euna Lee violaram as leis da Coreia do Norte e precisam de ajuda do governo norte-americano para conseguir ser anistiadas.

Até quinta-feira, o Departamento de Estado vinha pedindo a libertação delas por razões humanitárias e não reconhecera a possibilidade de que tivessem cometido algum delito.

As autoridades norte-americanas temem que o Estado comunista isolado queira usar as duas mulheres, que trabalhavam para um grupo de mídia co-fundado pelo ex-vice-presidente americano Al Gore, como trunfo de barganha, enquanto resiste às pressões internacionais para suspender seu programa de armas nucleares.

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