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Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e ministro de Relações Exteriores britânico William Hague se reuniram em Washington. | Reuters/Richard Clement
Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e ministro de Relações Exteriores britânico William Hague se reuniram em Washington.| Foto: Reuters/Richard Clement

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma montanha a ser escalada para tentar persuadir o Irã a limitar suas ambições nucleares, disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, nesta sexta-feira.

Os comentários de Hillary ilustram o ceticismo dos EUA com relação à tentativa de Lula de obter sucesso durante sua visita a Teerã no final de semana.

Lula planeja pressionar os líderes iranianos a rever uma proposta sob a qual o Irã enviaria urânio baixamente enriquecido a outro país e, em retorno, receberia urânio altamente enriquecido -- um plano que fracassou em outubro do ano passado.

Os EUA e alguns de seus aliados acusam o Irã de tentar usar seu programa nuclear civil como disfarce para a produção de armas nucleares. Teerã nega a afirmação e defende que seu programa visa somente a geração de eletricidade.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse a Lula em Moscou mais cedo nesta sexta-feira que, na melhor das hipóteses, ele tem 30 por cento de chances de progresso.

Lula, em contraste, afirmou que numa escala de 1 a 10, sua chance de sucesso é de 9,9.

"A conversa entre o presidente Lula e o presidente Medvedev em Moscou hoje ilustrou a montanha que os brasileiros estão tentando escalar", disse Clinton a repórteres durante entrevista coletiva com o ministro britânico William Hague.

"Eu disse a meus colegas em muitas capitais do mundo que eu acredito que não teremos nenhuma resposta séria dos iranianos até que o Conselho de Segurança aja", disse ela, referindo-se aos esforços liderados pelos EUA para a imposição de uma quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã.

O Brasil, que possui um programa nuclear para a produção de eletricidade e tem em sua Constituição um veto à fabricação de armas nucleares, opõe-se à imposição de novas sanções ao Irã e defende o direito de um programa nuclear pacífico ao país islâmico.

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