A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton pediu ontem ao Irã que liberte todos os prisioneiros políticos e expressou seus temores sobre o destino de algumas dessas pessoas. Ela disse que os Estados Unidos acreditam que vários iranianos correm risco de uma iminente execução por reclamarem do resultado da eleição presidencial de 2009.
Ela citou três desses prisioneiros: Jafar Kazemi, Mohammad Haj Aghaei e Javad Lari. "Os Estados Unidos pedem ao governo iraniano que interrompa essas execuções, de acordo com suas obrigações com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e pede a imediata libertação de todos os prisioneiros políticos e defensores dos Direitos Humanos", disse ela.
Em comunicado, Hillary pediu solidariedade ao povo iraniano, dizendo que os Estados Unidos estão profundamente preocupados com o fato de o Irã negar a seus cidadãos seus direitos civis.
A secretária de Estado mencionou o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, cuja sentença de morte por apedrejamento foi levantada em julho. O anúncio foi feito após críticas internacionais sobre a execução da mãe de dois filhos por adultério, cuja confissão foi obtida sob coerção, segundo as pessoas que a apoiam. "Continuamos preocupados" com o caso dela, disse Hillary, lembrando que embora o governo tenha declarado que ela não será executada por apedrejamento, "seu destino é incerto".