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Oriente

Hillary quer restrição a colônias israelenses

Hillary e o ministro Taieb Fassi Fihri participam de reunião do G8, em Marrocos | Jean/Reuters
Hillary e o ministro Taieb Fassi Fihri participam de reunião do G8, em Marrocos (Foto: Jean/Reuters)

São Paulo - A oposição dos Estados Unidos às colônias israelenses nos territórios palestinos não mudou, mas a proposta de restrição do governo israelense terá um efeito significativo para a paz, declarou ontem a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"A proposta está longe do que preferíamos, mas se for aplicada, será uma restrição sem precedentes da colonização e terá um efeito significativo’’, afirmou Hillary an­­tes de se reunir com seu colega marroquino, o ministro Taieb Fas­­si Fihri, em Mar­­ra­­kesh (Marrocos).

A chefe da diplomacia dos EUA renovou seu pedido às autoridades israelenses para que apresentem "gestos positivos’’, em consonância com os feitos pelos palestinos, mas assinalou que seu governo "ainda espera mais’’.

A secretária de Estado também elogiou o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e sua "determinação’’ para alcançar um acordo.

Hillary Clinton chegou no domingo a Marrakesh, onde participa ainda hoje de um fórum organizado pelo G8 (grupo reúne os países mais industrializados do mundo mais a Rússia) e pelos países do Oriente Médio e do norte da África, onde se reunirá com vários representantes árabes que receberam com ceticismo o apoio americano à proposta israelense de restringir os assentamentos.

No sábado, Hillary deu seu apoio ao pedido israelense de retomar o mais rápido possível e de forma incondicional as negociações de paz com os palestinos. "Quero ver ambas as partes iniciando logo as conversações’’, declarou Hillary Clinton em Jerusalém, durante entrevista à imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu.

Netanyahu, por sua vez, comprometeu-se com Hillary a não construir novas colônias na Cisjordânia. "Não nos dispomos a expropriar terras para assentamentos suplementares’’, explicou.

"Temos preparado uma política de delimitação em relação a colônias já existentes, o que permitirá também uma vida normal para seus moradores’’, acrescentou o primeiro-ministro conservador.

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