A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, realizou reuniões separadas com representantes israelense e palestino nesta segunda-feira, no momento em que os Estados Unidos tentam descobrir uma forma de retomar as estagnadas negociações de paz.
Hillary também se reuniu com o ministro de Relações Exteriores francês, Alan Juppe, que está em visita aos EUA e que lançou uma proposta separada para iniciar as negociações. Ela defendeu que ainda é cedo para considerar uma conferência em Paris, pois nenhum dos lados parecia estar disposto a dialogar.
'Apoiamos o retorno às negociações, mas não acreditamos que seria produtivo realizar uma conferência sobre o retorno às negociações', disse Hillary a jornalistas.
'É necessário o retorno às negociações, que exigirão muita persuasão e trabalhos preliminares para estabelecer uma reunião produtiva entre os dois lados', afirmou ela, acrescentando que Washington estava em uma posição de 'esperar para ver'.
As reuniões de Hillary com o representante palestino Saeb Erekat e o israelense Yitzhak Molcho ocorreram após crescentes preocupações sobre a disputa, que segue em um impasse apesar da onda de mudanças políticas no mundo árabe.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que pretende buscar o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU em setembro -- medida que Israel e Estados Unidos acreditam irá apenas fomentar as tensões.
Juppe disse que sua proposta na semana passada de realizar as negociações de paz em Paris era motivada pelas preocupações de que a situação fugiria do controle se não houvesse um início dos diálogos antes de setembro.
'Temos a sensação de que se nada acontecer antes de setembro, a situação será muito difícil para todos', disse ele a jornalistas.
Polícia isola prédio do STF após explosão de artefatos na Praça dos Três Poderes
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast
Deixe sua opinião