A pré-candidata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton ganhou, nesta terça-feira, a primária democrata de Nova Jersey, consolidando seu controle na disputa pela indicação do Partido, de acordo com várias emissoras de televisão americanas.
A ex-secretária de Estado derrotou seu oponente, o senador por Vermont, Bernie Sanders, um dia depois de ter cruzado o mínimo de 2.383 delegados necessários para garantir a nomeação na Convenção Nacional Democrata, que acontece em julho, na Filadélfia.
“A todas as meninas que sonham grande: sim, vocês podem ser tudo o que quiserem, inclusive presidente. Essa noite é para vocês”, tuitou Hillary, após ao anúncio do resultado.
Hillary Clinton espera acumular vitórias simbólicas nessa última “Superterça”, sobretudo, na Califórnia. O objetivo é pressionar seu adversário, senador Bernie Sanders, a jogar a toalha até a Convenção democrata.
Para não desanimar seus eleitores e fazê-los ir votar nas primárias, a pré-candidata ainda não proclamou sua vitória no partido, depois de mais um ano de batalha contra o senador por Vermont.
Além de Nova Jersey e Califórnia, também realizam primárias hoje as Dakotas do Sul e do Norte, Novo México e Montana.
As redes NBC, ABC e CBS já declararam Hillary vencedora das primárias, mas a investidura não será oficial até a votação durante a convenção democrata, de 25 a 28 de junho, na Filadélfia.
Nesta terça, a votação começou progressivamente a partir das 10h00 GMT (7H00 de Brasília) em Nova Jersey, Novo México, Montana, Dakota do Norte e do Sul, e Califórnia.
Sanders resiste
Com as possibilidades matemáticas de obter a indicação reduzidas a zero, Sanders, o septuagenário “democrata socialista” que contra todas as previsões construiu uma conexão emocional com os jovens e a classe trabalhadora, não joga a toalha.
O senador está 800 delegados atrás de Hillary, e também perde na votação popular por mais de três milhões de votos, segundo o site RealClearPolitics.com.
Mas a campanha de Sanders considerou a vitória de Hillary anunciada pelos meios de comunicação como uma “conclusão apressada”.
A conduta de Sanders está no centro da preocupação do partido, à medida que se aproxima uma forte competição com Trump.
O presidente Barack Obama se aproximou na segunda-feira da possibilidade de dar um apoio formal a Hillary - sua secretária de Estado durante seu primeiro mandato -, ao sugerir que as próximas 48 horas serão cruciais.
Hillary deverá pronunciar um discurso esta noite em seu reduto de Nova York, onde é esperado um apelo para deixar de lado as disputas internas e unificar o partido para vencer Trump no dia 8 de novembro.
“Devemos estar unidos a caminho da convenção para atacar Donald Trump e repudiar seu tipo de campanha” porque “há muito em jogo”, disse Hillary, expressando sua esperança de que Sanders “me acompanhe”.
Mas o senador por Vermont multiplica os atos de desafio. Denuncia qualquer cálculo que inclua os superdelegados, afirmando poder convencê-los a mudar de lado antes do evento na Filadélfia. Mais de 500 dos 700 superdelegados se uniram a Hillary.
A líder democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que foi a primeira mulher presidente do corpo, manifestou formalmente seu apoio a Hillary, convidando implicitamente Sanders a se retirar da disputa.
“Bernie sabe melhor do que ninguém o que está em jogo nesta eleição e que agora devemos nos unir”, disse Pelosi à ABC.
“Chega Sanders, vamos falar sobre Hillary Clinton”, declarou, por sua vez, a senadora da Califórnia Barbara Boxer.
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