Secretária de Estado norte-americana qualificou a ajuda externa de "moral, estratégica, econômica e imperativa"| Foto: Reuters

A segurança dos Estados Unidos depende de uma nova abordagem para a ajuda internacional, e Washington precisa romper com políticas ditatoriais do passado ao liberar bilhões de dólares em assistência, disse a secretária de Estado Hillary Clinton em discurso nesta quarta-feira.

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"No passado às vezes ditamos soluções à distância, muitas vezes perdendo o nosso alvo no terreno", disse ela. "Nossa nova abordagem é trabalhar em parceria com as pessoas nos países em desenvolvimento."

Os EUA continuam sendo o maior doador individual de ajuda externa - cerca de 27 bilhões de dólares despendidos em 2008 -, mas os críticos dizem que o governo demora em cumprir promessas de reforçar as verbas e melhorar o trabalho da Agência Internacional de Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid).

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O governo Obama vem tentando usar a ajuda internacional como ferramenta da sua política externa, enquanto a segurança voltou ao primeiro plano por causa do frustrado atentado aéreo do dia de Natal.

Em discurso a ser lido em um centro de estudos de Washington, Hillary Clinton disse que uma ajuda mais bem focada é parte central da estratégia dos EUA para tornar o mundo mais seguro.

"Os Estados Unidos obtêm melhores resultados quando abordamos nossa política externa como um todo integrado, maior que a soma das suas partes", disse ela, qualificando a ajuda de "moral, estratégica, econômica e imperativa."

Ela prometeu uma maior ênfase na parceria e na coordenação com outros doadores de ajuda, além de ênfase em áreas como saúde, agricultura, segurança educação e governo.

De acordo com Hillary, os programas de assistência dos EUA serão voltados prioritariamente a mulheres e meninas - uma área de interesse específico da secretária, que tentou sem sucesso em 2008 se tornar a primeira mulher a governar os Estados Unidos.

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"Mulheres e meninas são um dos maiores recursos inexplorados do mundo e um excelente retorno do investimento", disse Hillary, lembrando que em muitas comunidades as mulheres se encarregam de cultivar alimentos, cuidar dos doentes e criar a próxima geração.

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