A principal pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, sabia dos riscos que corria a missão diplomática americana em Benghazi, na Líbia, quando estava à frente do Departamento de Estado. Em 11 de setembro de 2009, o embaixador dos EUA no país, Chris Stevens, foi morto em um ataque à missão diplomática americana.
5,5 mil
e-mails da ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, deverão ser divulgados pelo governo do país. A polêmica começou porque ela usou uma conta de e-mail privada quando ocupava o cargo.
A revelação está em um dos 300 e-mails de Hillary, da época em que ela estava no Departamento de Estado, divulgados ontem pelo governo americano. Quase todos dizem respeito à segurança na Líbia e ao atentado que matou Stevens.
Os e-mails representam menos de 1% do total de comunicações eletrônicas que Hillary devolveu ao governo para arquivamento. Ela manteve um e-mail pessoal em um servidor criado para ela e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, nos quatro anos em que ocupou o cargo, entre 2009 e 2013.
Entre os e-mails considerados preocupantes estão dois, datados de 24 de abril e 10 de junho de 2011, no qual Hillary foi informada de que os hotéis de Benghazi, inclusive o que hospedava a delegação americana, poderiam ser atacados.
Algumas informações dos e-mails foram omitidas ou substituídas por questões de segurança a pedido do FBI. As informações não eram confidencias na época, o que significa que Hillary não violou a lei ao usar uma conta pessoal privada.
A avaliação é que os e-mails poderão afetar a campanha da democrata. ”O que está claro é que Hillary Clinton constantemente mostra descaso com as regras aos defender seus interesses e ganhos políticos”, disse o presidente do Partido Republicano, Reince Priebus. “É perturbador que informações importantes agora consideradas confidenciais tenham sido colocadas em risco com o uso de seu servidor privado”.
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