Roma O primeiro dia de consultas do presidente da República, Giorgio Napolitano, para buscar uma saída para a renúncia do governo italiano terminou com a hipótese de que vai delegar a formação de um novo Executivo ao primeiro-ministro em final de mandato, Romano Prodi. A formação do chamado "Prodi-bis" parece a saída mais provável à nova crise política na Itália.
O chefe de Estado tem que consultar todas as forças políticas do país depois que Prodi apresentou sua renúncia e a de seu governo como conseqüência à rejeição no Senado, por apenas dois votos, de sua política externa. O presidente do Senado, Franco Marini, o da Câmara dos Deputados, Fausto Bertinotti, e os presidentes dos grupos parlamentares compareceram ontem ao Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República. Hoje está previsto que façam o mesmo os líderes dos partidos da coalizão de centro-esquerda no poder e da aliança de centro-direita na oposição, antes que terminem as consultas dos três ex-presidentes da República e senadores vitalícios Francesco Cossiga, Luigi Scalfaro e Carlo Azeglio Ciampi.
Napolitano tem várias opções sobre a mesa para acabar com a crise provocada pela renúncia de Prodi, entre elas a de submeter ao Executivo um voto de confiança no Parlamento e a de convocar novas eleições. Mas a possibilidade mais provável desde o primeiro momento e confirmada ao longo de toda o dia de ontem é que ele encarregue Prodi de formar um novo governo.
A coalizão governamental de centro-esquerda, que agrupa desde democratas-cristãos a comunistas, expressou seu apoio total a Prodi e excluíram a possibilidade de que fosse outro dirigente da aliança denominada "A União" que vá nomear o próximo Gabinete.
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