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Os candidatos à presidente dos EUA: o republicano Donald Trump e a vice de Joe Biden, a democrata Kamala Harris
Os candidatos à presidente dos EUA: o republicano Donald Trump e a vice de Joe Biden, a democrata Kamala Harris| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO/MICHAEL REYNOLDS

O historiador americano Allan Lichtman, professor universitário que ficou conhecido por "prever" corretamente candidatos que venceriam os pleitos presidenciais dos Estados Unidos nas últimas quatro décadas, indicou seu palpite para as eleições de novembro, nas quais concorrem o ex-presidente Donald Trump e a atual vice de Joe Biden, Kamala Harris.

De acordo com Lichtman, a democrata, que substituiu o atual mandatário americano na corrida para chefiar a Casa Branca, deve ser eleita.

A conclusão foi divulgada nesta quinta-feira (5), por meio de um vídeo de opinião publicado no jornal americano New York Times. “Os democratas manterão a Casa Branca, e Kamala Harris será a próxima presidente dos Estados Unidos”, afirmou o historiador.

À agência Reuters, o professor de história da American University em Washington, D.C, apelidado de “Nostradamus” por conta das "previsões assertivas", explicou que sua conclusão é baseada em um modelo de 13 perguntas de verdadeiro ou falso, que ele chamou de "chaves para a Casa Branca".

O sistema foi desenvolvido por ele no início da década de 1980, em parceria com o geofísico russo Vladimir Keilis-Borok. No estudo, eles analisam o cenário político com base em questões fundamentais relacionadas aos partidos dos candidatos.

Desde então, ele acertou todos os resultados das eleições presidenciais, com exceção da vitória de George W. Bush sobre Albert Al Gore, em 2000, após a Suprema Corte dos EUA decidir a favor de Bush depois de semanas de disputas legais sobre cédulas de votação contestadas.

Veja a lista de perguntas que são verificadas pelo professor para definir seu palpite:

Mandato do partido: após as eleições de meio de mandato, a legenda no poder detém mais assentos na Câmara dos Representantes dos EUA do que após as eleições de meio de mandato anteriores. (Falso)

Incumbência: o candidato do partido em exercício é o presidente em exercício. (Falso)

Economia de curto prazo: a economia não está em recessão durante a campanha eleitoral. (Verdadeiro)

Terceiro Partido: não há nenhuma campanha significativa de terceiros ou independente. (Verdadeiro)

Contestação: não há contestação significativa para a nomeação no partido titular. (Verdadeiro)

Economia de longo prazo: o crescimento econômico real per capita durante o período é igual ou superior ao crescimento médio durante os dois períodos anteriores. (Verdadeiro)

Mudança de política: a administração em exercício efetua grandes mudanças na política nacional. (Verdadeiro)

Agitação social: não há agitação social sustentada durante o mandato. (Verdadeiro)

Escândalo: a administração em exercício não está envolvida em grandes escândalos. (Verdadeiro)

Carisma do candidato: o candidato do partido titular é carismático ou um herói nacional. (Falso)

Carisma do desafiante: o candidato do partido desafiante não é carismático nem um herói nacional. (Verdadeiro)

O analista, no entanto, ainda não respondeu duas das chaves fundamentais que podem mudar sua "previsão". Lichtman afirmou no vídeo que "a política externa é complicada e essas chaves podem virar” a situação para Kamala Harris. São elas:

Fracasso estrangeiro/militar: a administração em exercício não sofre nenhuma falha grave em assuntos estrangeiros ou militares.

Sucesso estrangeiro/militar: a administração em exercício obtém um grande sucesso em assuntos estrangeiros ou militares.

As observações foram feitas pelo historiador devido à visão negativa dos eleitores sobre o posicionamento do governo Biden na guerra de Israel contra o Hamas em Gaza que, segundo Lichtman, é um “desastre humanitário sem fim à vista”.

“Mas, mesmo que ambas as chaves da política externa fossem falsas, isso significaria que haveria apenas cinco chaves negativas, o que não seria suficiente para Donald Trump recuperar a Casa Branca”, afirmou o historiador ao New York Times.

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