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Pandemia

Holanda e Bélgica registram tumultos em protestos contra restrições devido à Covid-19

Polícia utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água contra manifestantes em Bruxelas (Foto: EFE/EPA/STEPHANIE LECOCQ)

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Tumultos ocorreram na Holanda e na Bélgica, durante protestos contra a volta de restrições para enfrentamento da pandemia de Covid-19 nos dois países.

Em Haia, na Holanda, durante protestos na noite de sábado (20) em que ocorreram confrontos com manifestantes, a tropa de choque utilizou canhões de água e cinco policiais ficaram feridos, segundo a CNN. Um deles foi hospitalizado devido a uma concussão e dois tiveram danos auditivos provocados por fogos de artifício.

A polícia informou que parte dos manifestantes iniciou incêndios, efetuou depredações, agrediu motoristas e atirou pedras e fogos de artifício ​​contra policiais; 19 pessoas foram presas.

No sábado, houve uma passeata pacífica na capital, Amsterdã. A emissora pública holandesa NOS também relatou tumultos na cidade de Urk e em cidades na província de Limburg. Na sexta-feira (19), também houve conflitos durante manifestações em Roterdã.

Em Bruxelas, neste domingo (21), houve tumulto ao fim de um protesto contra as restrições para enfrentamento da Covid-19: segundo a Associated Press, parte dos manifestantes entrou em confronto com a polícia, depredou carros e incendiou lixeiras. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água. Os números de feridos e presos não foram divulgados.

O governo da Holanda determinou no último fim de semana o fechamento de lojas não essenciais às 18 horas, e o de hotéis, supermercados e farmácias, às 20 horas, em medida para tentar combater o aumento de casos de Covid-19. As medidas serão aplicadas até pelo menos 4 de dezembro e exigem que as pessoas nos bares, terraços e restaurantes permaneçam sentadas o tempo todo.

Cabeleireiros, profissionais do sexo e massagistas, bem como lojas não essenciais, estão tendo que deixar de prestar serviços a partir das 18 horas. Em universidades e centros de treinamento, o número máximo de alunos por sala de aula é de 75 pessoas, uma medida que não é aplicada em caso de prova.

Da mesma forma, o passe Covid está sendo mantido para acesso a hotéis, cinemas, teatros, piscinas e academias, bem como o uso de máscaras em supermercados, lojas não essenciais, transporte público e edifícios oficiais.

O governo pediu para as empresas implementarem o teletrabalho sempre que possível e recomendou que a população limite as visitas a quatro pessoas por domicílio e restabeleçam a distância de segurança de 1,5 metro em locais onde não é solicitado um passe Covid.

Se alguém apresenta resultado positivo, a quarentena está sendo aplicada não só à pessoa infectada, mas também ao restante das pessoas que vivem com o paciente. Os eventos esportivos voltaram a ter portões fechados, incluindo todos os jogos do Campeonato Holandês de futebol.

Na Bélgica, o governo endureceu na semana passada as medidas para tentar combater uma quarta onda de contágios pelo coronavírus, com o retorno ao teletrabalho obrigatório quatro dias por semana e a reintrodução do uso generalizado de máscaras.

As autoridades do país também confirmaram que uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 será administrada a toda a população. Também houve acordo em nível federal sobre a vacinação compulsória no setor de saúde a partir de 1º de janeiro.

A outra medida principal é a extensão do uso de máscaras, que se tornaram obrigatórias dentro dos estabelecimentos ou locais de entretenimento. Elas são exigidas mesmo que tenha sido apresentado para entrada o chamado passaporte Covid, que prova que uma pessoa foi vacinada, testou negativo em um teste PCR nas últimas 48 horas ou se recuperou da doença.

A medida afeta restaurantes, cinemas, museus, casas de show, teatros e outros estabelecimentos culturais, assim como eventos públicos ou privados com mais de 50 pessoas em áreas internas ou cem pessoas ao ar livre.

Além disso, a idade mínima de frequentadores que devem usar máscara foi reduzida de 12 para dez anos, embora as autoridades regionais e locais possam decidir como proceder nas escolas.

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