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Luto

Holanda recebe corpos de vítimas do voo MH17

Carros transportam as vítimas do voo MH17, em Eindhoven | Remko De Waal/Efe
Carros transportam as vítimas do voo MH17, em Eindhoven (Foto: Remko De Waal/Efe)
Centenas participam de marcha silenciosa em Amsterdã |

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Centenas participam de marcha silenciosa em Amsterdã

Quarenta corpos de vítimas do voo MH17, da Malaysia Airlines, derrubado sobre o leste da Ucrânia na semana passada, chegaram ontem a uma base militar em Eindhoven, na Holanda.

No primeiro dia nacional de luto desde a morte da rainha Wilhelmina, em 1962, sinos tocaram e bandeiras foram hasteadas a meio mastro.

Duas aeronaves militares transportaram 40 caixões de madeira sem adornos. Depois de um minuto de silêncio, observado em estações, fábricas, escritórios e ruas em todo o país, soldados levaram os caixões até carros funerários enfileirados na pista.

Familiares de algumas das vítimas estavam presentes no aeroporto, mas foram mantidos longe da atenção da mídia.

Milhares de pessoas se reuniram ao longo do trajeto de 100 quilômetros, observando o cortejo de Eindhoven até a base militar de Hilversum, onde os corpos permanecerão até poderem ser identificados, uma tarefa que pode levar meses.

Durante a passagem dos carros fúnebres, motoristas pararam espontaneamente e observaram em silêncio do acostamento.

Alguns atiraram flores na direção dos veículos.

Caixas-pretas do Boeing 777 estão "intactas"

Folhapress

O Departamento Holandês de Segurança informou ontem que estão "intactas" as caixas-pretas do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu na última quinta-feira na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. O avião seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur com 298 passageiros, que morreram na queda.

A hipótese mais provável é que a aeronave teria sido derrubada por um míssil antiaéreo disparado por separatistas pró-Rússia.

Os equipamentos, que registram conversas na cabine e dados técnicos da aeronave, foram recolhidos pelos separatistas que controlam a área da tragédia e entregues a autoridades malasianas. Em seguida, foram entregues aos holandeses.

Dados

Segundo os inspetores do país, os dados foram baixados e contêm informações válidas sobre o voo. O registro de dados do avião será enviado para análise ao Escritório Britânico de Investigação de Acidentes da Aviação.

No local, 24 inspetores de oito países e da Organização da Aviação Civil Internacional tentarão usar as informações para determinar as causas do acidente. A investigação será comandada pela Holanda.

A Ucrânia alega ter gravações em que rebeldes separatistas admitem ter atingido o avião de passageiros. Analistas dizem que eles teriam feito isso "por engano".

Líder rebelde diz ter sistema antiaéreo

Reuters

Um poderoso líder rebelde ucraniano confirmou que os separatistas pró-Rússia têm mísseis antiaéreos do tipo que os Estados Unidos dizem ter sido usados para derrubar o avião da Malaysia Airlines na semana passada.

Em entrevista à Reu­­ters, o comandante do Bata­­lhão Vostok, Alexander Khoda­­kovsky reconheceu, pela pri­­meira vez desde que o avião foi derrubado no leste da Ucrânia na quinta-feira da semana passada, que os rebeldes possuem o sistema de mísseis BUK.

Ele ainda insinuou que o BUK pode ser originário da Rússia e que teria sido enviado de volta para eliminar provas na região do incidente.

Antes da derrubada do avião da Malásia, os rebeldes haviam se vangloriado de obter os mísseis BUK, que podem abater aviões de passageiros em altitude de cruzeiro.

Mas, desde o desastre, o principal grupo de separatistas, a autoproclamada República Popular de Donetsk, nega ter acesso a tais armas.

Desde a queda da aeronave, que matou todas as 298 pessoas a bordo, a grande polêmica é quem disparou o míssil que abateu o avião em uma área onde as forças do governo combatem os rebeldes pró-Rússia.

Khodakovsky culpou as autoridades de Kiev por provocarem o que pode ter sido o ataque de míssil que derrubou o avião, dizendo que Kiev lançou ataques aéreos deliberados na área sabendo da presença dos mísseis no local.

"Na ocasião me disseram que um BUK vindo de Luhansk estava chegando sob a bandeira da LNR", disse o comandante, referindo-se à República Popular de Luhansk (LNR, na sigla em inglês), principal grupo rebelde da cidade de Luhansk.

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