Amsterdã Um vôo da companhia norte-americana Northwest Airlines que partiu ontem de Amsterdã, na Holanda, com destino a Mumbai (ex-Bombaim), na Índia, foi escoltado de volta ao aeroporto de origem por dois caças holandeses, após a tripulação desconfiar de alguns passageiros que manipulavam telefones celulares assim que o avião decolou. A polícia holandesa disse ter detido 12 passageiros, mas não quis divulgar suas nacionalidades ou a acusação exata contra eles.
O Ministério da Defesa da Holanda e autoridades aeroportuárias informaram que o piloto do avião enviou uma mensagem de rádio pedindo permissão para voltar, além da escolta de caças.
Uma passageira norte-americana disse ter visto as 12 pessoas serem levadas do avião algemadas e que pareciam ser de origem sul-asiática.
O alerta aconteceu duas semanas após a polícia britânica anunciar ter desbaratado um suposto plano terrorista que iria explodir aviões em vôos entre o Reino Unido e os EUA que provocou mudanças em normas para as bagagens de mão, por exemplo, em vôos britânicos.
O porta-voz da polícia holandesa, Rob Staenacker, informou que os suspeitos estão sendo mantidos em um centro de detenção no próprio aeroporto e que a polícia pode mantê-los presos por até 72 horas.
O Ministério da Defesa holandês disse que apenas aquele vôo retornou ao aeroporto. O avião levava 149 passageiros. Segundo a Coordenadoria Nacional Antiterrorismo holandesa, não há motivo para elevar o nível de alerta no país.
Prisão prorrogada
Os investigadores britânicos pediram ontem a um juiz mais tempo para interrogar os 11 pessoas detidas sob suspeita de participação em um plano para explodir até dez aviões durante vôos entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
O magistrado encarregado do caso promoveu uma audiência a portas fechadas para considerar o pedido dos investigadores, disse uma agente da Polícia Metropolitana de Londres sob condição de anonimato.
Esta é a primeira vez que a polícia aplica um dispositivo da nova lei de combate ao terrorismo que autoriza a prisão preventiva de suspeitos por mais de 14 dias, informou a Secretaria de Interior da Grã-Bretanha.