• Carregando...

Numa verdadeira cruzada diplomática às vésperas da Assembleia Geral da ONU, o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, pediu nesta quinta-feira que o Ocidente aproveite uma chance de diálogo com seu país.

Num editorial publicado no jornal "Washington Post", Rouhani se disse aberto a uma abordagem diplomática construtiva para resolver o impasse nuclear acerca do programa nuclear iraniano ao mesmo tempo em que defendeu o direito do Irã a um programa atômico de caráter pacífico. Ele também pediu que os líderes ocidentais seham corajosos.

"Isso significa lidar com os equivalentes em pé de igualdade e respeito mútuo, abordando as preocupações comuns e chegando a objetivos compartilhados. Em outras palavras, um resultado de vencer ou vencer não é só favorável, como é possível. Um placa de zero, uma mentalidade de Guerra Fria, conduz todos ao fracasso", escreveu o presidente.

Aos 67 anos, esse clérigo moderado eleito em junho passado tem dado sinais positivos quanto à retomada do diálogo com o Ocidente. O primeiro sinal concreto de mudança veio de Paris. O Palácio do Eliseu confirmou um pedido iraniano de audiência com o presidente François Hollande em paralelo à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

"Estou planejando encontrar o presidente iraniano", limitou-se a dizer Hollande, durante uma visita ao Mali. Mais cedo, a Casa Branca confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também estaria disposto a encontrar-se com o iraniano se Teerã se mostrasse sério em suas intenções de debater a questão nuclear.

"É possível, sempre foi possível. A mão tem estado estendida desde que o presidente foi empossado", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Na quarta-feira, o regime surpreendeu ao libertar 11 presos políticos. E o presidente iraniano já renovara seus sinais de moderação. Em suia primeira entrevista a uma TV ocidental, Rouhani disse que o governo iraniano não busca guerras. Para ele, o Oriente Médio deve ser governado pelo desejo das urnas. Ele também defendeu mais liberdade na internet - embora o acesso às redes sociais seja restrito no país desde 2009.

"Nós queremos que as pessoas, em sua vida privada, sejam completamente livres. No mundo de hoje, ter acesso à informação e o ao livre diálogo e ao pensamento livre é um direito de todas as pessoas, incluindo do povo do Irã", defendeu. "As pessoas devem ter acesso completo à todas as informações pelo mundo".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]