O presidente da França, François Hollande, convocou neste domingo uma reunião amanhã do Conselho de Ministros para analisar a situação da Grécia, após a ruptura das negociações sobre a dívida do país grego, assim como fez a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que se reunirá com lideranças parlamentares para discutir o caso grego.
Participará da reunião francesa o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os ministros de Relações Exteriores e Finanças, precisou. Hollande convocou este encontro diante da delicada situação das negociações com Atenas e depois de o Banco Central Europeu (BCE) decidir hoje manter a linha de crédito de urgência às entidades gregas.
Participarão do encontro alemão, além de líderes dos partidos que tem representação no Bundestag, vice-chanceler e ministro da Economia, Sigmar Gabriel. Gabriel se mostrou “horrorizado” ao ver o governo grego rejeitar uma “ampla oferta que incluía um terceiro programa de ajuda e inclusive uma reestruturação da dívida”.
“O senhor Tsipras quer aceitar estas ofertas sem que a Europa proponha nenhuma reforma à Grécia. Isso a Europa também não aceitará após um referendo”, advertiu.
Em entrevista hoje, Valls tinha se mostrado favorável ao BCE não cortar o suprimento ao sistema financeiro grego, e pediu à Grécia que retorne à mesa de negociação. “A França fez todo o possível para conseguir um acordo. O governo grego decidiu interromper de forma unilateral as negociações e isso não é nunca bom, sobretudo porque não tinham acabado”, assinalou.
Quanto a uma eventual saída da Grécia do euro, Valls assinalou que “as consequências no plano econômico e financeiro não teriam nada a ver com as que se temem”, mas sim no terreno político. “Uma saída da Grécia seria grave para o povo grego, mas a economia francesa não se veria afetada”, considerou.
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