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Legislativo

Hollande sai fortalecido das eleições legislativas

Marine Le Pen, da extrema-direita, ficará fora da Assembleia; Ségolène Royal, ex do presidente Hollande, se diz traída | Fotos: Philippe Huguen/AFP e Jean-Pierre Muller/AFP
Marine Le Pen, da extrema-direita, ficará fora da Assembleia; Ségolène Royal, ex do presidente Hollande, se diz traída (Foto: Fotos: Philippe Huguen/AFP e Jean-Pierre Muller/AFP)

O presidente socialista Fran­­çois Hollande obteve ontem a maioria absoluta no segundo turno das eleições legislativas na França, resultado que o deixa em condições favoráveis para aplicar o seu programa para enfrentar a crise do euro.

O processo eleitoral também foi marcado pelo retor­­no da extrema-direita à As­­sembleia Nacional com 2 deputados.

Segundo pesquisas de bo­­ca de urna, o Partido So­­cialista (PS) e seus aliados de esquerda obtiveram entre 308 e 320 assentos de 577, ou seja, um número bastante acima do necessário para a maioria absoluta (289). O PS poderá então dispensar o apoio dos Verdes (17 a 20 assentos) e o da esquerda radical (entre 9 e 11 assentos).

O conservador UMP, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e seus aliados – majoritários na atual Assembleia Nacional – obtiveram entre 212 e 234 deputados.

As eleições foram marcadas também por um índice de abstenção recorde (44%).

Cerca de um mês e meio após ter vencido Nicolas Sar­­kozy e levado a esquerda ao Eliseu depois de 17 anos, Fran­­çois Hollande ficará livre para aplicar seu programa de reforma fiscal para cumprir sua promessa de uma retomada industrial.

A maioria absoluta livra­­ o presidente, sobretudo, da obrigação de se juntar à Fren­­­­te de Esquerda (esquerda­­ radical), que defende posições diferentes em relação à Europa e à economia. Este era um dos principais desafios da formação do presidente nestas eleições.

Além da implementação das promessas de campanha, o governo deve também adotar medidas impopulares para respeitar o compromisso da França de reduzir seu déficit público a menos de 3% do PIB em 2013, no momento em que a crise da dívida se agrava.

O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault afirmou que a vitória "gera grandes responsabilidades na França e na Europa".

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