Fracasso
Líder da extrema-direita e ícone da esquerda saem derrotados
A destacada líder socialista Ségolène Royal e a chefe da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, não conseguiram se reeleger para suas respectivas cadeiras na Assembleia Nacional nas eleições realizadas ontem.
Ex-companheira do presidente François Hollande e mãe de seus quatro filhos, Ségolène perdeu para o socialista dissidente Olivier Falorni a disputa pela cadeira da região de Charente-Maritime, segundo projeções divulgadas ontem.
Ségolène declarou-se vítima de "traição política". Na semana passada, a atual companheira de Hollande, Valérie Trierweiler, manifestou apoio ao dissidente Falorni em uma mensagem no microblog Twitter, apesar de a cúpula do Partido Socialista apoiar Ségolène. No passado, ela chegou a ser a candidata da legenda à presidência da França.
Marine Le Pen, enquanto isso, perdeu para um candidato socialista a disputa por uma cadeira no norte de França. Apesar da derrota de sua líder, a Frente Nacional, partido de extrema-direita comandado por Marine, conseguiu pela primeira vez em anos eleger deputados na Assembleia Nacional.
Marine perdeu por uma margem de apenas cem votos e cogitou pedir recontagem.
O presidente socialista François Hollande obteve ontem a maioria absoluta no segundo turno das eleições legislativas na França, resultado que o deixa em condições favoráveis para aplicar o seu programa para enfrentar a crise do euro.
O processo eleitoral também foi marcado pelo retorno da extrema-direita à Assembleia Nacional com 2 deputados.
Segundo pesquisas de boca de urna, o Partido Socialista (PS) e seus aliados de esquerda obtiveram entre 308 e 320 assentos de 577, ou seja, um número bastante acima do necessário para a maioria absoluta (289). O PS poderá então dispensar o apoio dos Verdes (17 a 20 assentos) e o da esquerda radical (entre 9 e 11 assentos).
O conservador UMP, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e seus aliados majoritários na atual Assembleia Nacional obtiveram entre 212 e 234 deputados.
As eleições foram marcadas também por um índice de abstenção recorde (44%).
Cerca de um mês e meio após ter vencido Nicolas Sarkozy e levado a esquerda ao Eliseu depois de 17 anos, François Hollande ficará livre para aplicar seu programa de reforma fiscal para cumprir sua promessa de uma retomada industrial.
A maioria absoluta livra o presidente, sobretudo, da obrigação de se juntar à Frente de Esquerda (esquerda radical), que defende posições diferentes em relação à Europa e à economia. Este era um dos principais desafios da formação do presidente nestas eleições.
Além da implementação das promessas de campanha, o governo deve também adotar medidas impopulares para respeitar o compromisso da França de reduzir seu déficit público a menos de 3% do PIB em 2013, no momento em que a crise da dívida se agrava.
O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault afirmou que a vitória "gera grandes responsabilidades na França e na Europa".
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia