François Hollande tomou posse como primeiro presidente socialista da França em 17 anos numa rápida cerimônia nesta terça-feira, e se prepara para viajar a Berlim para contestar as políticas de austeridade receitadas pela chanceler alemã Angela Merkel para a Europa.
Em seu discurso de posse diante de 400 convidados, Hollande disse que vai tentar alterar o pacto europeu para incluir medidas de incentivo ao crescimento às políticas de redução de déficit que, segundo críticos, estão piorando as expectativas de expansão do bloco.
Estabelecendo diferenças com o ex-presidente Nicolas Sarkozy, que entregou o cargo nesta terça, Hollande disse que vai exercer uma Presidência "honrada" e "sóbria" e garantir que o Parlamento tenha papel fundamental.
"Vou estabelecer as prioridades mas não vou decidir por todos, sobre tudo e em todos os lugares", disse Hollande.
O presidente, cuja eleição acontece num momento em que a zona do euro combate novamente a crise diante dos temores sobre o futuro da Grécia, vai conceder sua primeira entrevista coletiva após a posse em Berlim, à tarde, ao lado de Merkel, que é de centro-direita.
Suas declarações serão acompanhadas de perto pelos mercados financeiros, que esperam uma confirmação de que sua posição a favor de medidas que incentivem o crescimento para combater o trato de disciplina fiscal implantado por Merkel e Sarkozy não vai prejudicar o início de sua relação com a chanceler (primeira-ministra) alemã.
Hollande deve nomear ainda nesta terça-feira o servidor civil Pierre-Rene Lemas como chefe de gabinete. O germanófilo Jean-Marc Ayrault, que tem fortes contatos em Berlim, pode ser nomeado primeiro-ministro depois disso.
Hollande vai viajar na quinta-feira aos Estados Unidos para cúpulas do G-8 e da Otan.
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