Mais uma autoridade internacional criticou o discurso desastroso do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, comparando a ofensiva de Israel com o Holocausto. Desta vez, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, se manifestou sobre o assunto.
Em entrevista à Rede Globo, Baerbock afirmou que “o Holocausto não pode ser comparado a nada”. Em sua fala, a ministra destacou que "seis milhões de judeus foram mortos pelo meu país, por fascistas na Alemanha que deliberadamente queriam acabar com a vida humana, a vida judaica. Não apenas na Alemanha, mas em toda a Europa".
A autoridade alemã lembrou das atrocidades realizadas pelo Hamas em Israel e dos reféns que seguem em cativeiro na Faixa de Gaza.
"Já estive no Oriente Médio cinco vezes desde 7 de outubro, quando o Hamas atacou brutalmente mulheres e crianças em Israel. Ainda há alemães no cativeiro do Hamas, um bebê de um ano, uma criança de quatro anos e, ao mesmo tempo, a estratégia desses terroristas é abusar das pessoas em Gaza como escudos humanos, e vemos que, infelizmente, esse roteiro está funcionando", afirmou.
Apesar das críticas ao petista, Baerbock destacou em seu discurso a necessidade de garantir a segurança de civis israelenses e palestinos no atual conflito do Oriente Médio.
Nesta semana, a autoridade alemã participa, ao lado de outros líderes mundiais, do encontro de ministros da área de Relações Exteriores do G20, no Rio de Janeiro.
Repercussão da fala do presidente Lula
Desde o discurso acusador contra Israel, afirmando que o país realiza o mesmo extermínio que os nazistas liderados por Hitler, Lula recebeu uma série de críticas de outras autoridades internacionais e organizações, enquanto foi apoiado por outros governos de esquerda próximos do petista.
Logo após a fala desastrosa, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou o embaixador do Brasil no país, Frederico Meyer, para uma "dura chamada de repreensão". Lula também foi declarado como "persona non grata" pelo país e criticado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Na rede social X, o Museu do Holocaustos dos EUA emitiu um comunicado repudiando o episódio. "Utilizar o Holocausto como uma arma discursiva é sempre errado, especialmente quando se trata de um chefe de Estado. Foi exatamente isso que o presidente brasileiro Lula fez ao promover uma afirmação falsa e antissemita. Isso é ultrajante e deve ser condenado", diz a nota.
O Centro Simon Wiesenthal (CSW), uma organização judaica internacional de defesa dos direitos humanos, também se manifestou nesta quarta-feira (21), criticando não apenas o Brasil, mas os países que o acompanharam no discurso: Bolívia, Colômbia e Venezuela.
Para o CSW, Lula escalou o conflito diplomático que gerou ao acusar Israel de “genocídio” e afirmar que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não aconteceu em nenhum momento da história, exceto quando Hitler decidiu matar os judeus”.
Do lado contrário, o petista foi apoiado por diversos países de esquerda da América Latina e pelo próprio grupo terrorista que cometeu as atrocidades do dia 7 de outubro, o Hamas.
A milícia palestina publicou em seu canal oficial no Telegram um comunicado elogiando o presidente Lula (PT) por sua declaração que compara a ação de Israel em Gaza à Alemanha nazista de Hitler.
As ditaduras de Cuba e da Venezuela também apoiaram o mandatário brasileiro. Díaz-Canel, que lidera o regime cubano, afirmou que "Lula é um querido irmão" e sua "bravura" pelo discurso é "admirável".
Os governos esquerdistas da Colômbia, de Gustavo Petro, e da Bolívia, de Luis Arce, também apoiaram a liderança do Brasil.
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