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Washington – Os primatas ancestrais do homem moderno começaram a caminhar nas árvores antes de fazê-lo em terra, segundo afirma um estudo de paleontólogos ingleses divulgado ontem pela revista Science.

As atuais teorias sobre a evolução dos hominídeos assinalam que o bipedalismo, a característica que diferença o homem de seus parentes primatas, começou quando estes desceram das árvores, não antes. No entanto, segundo paleontólogos da Universidade de Liverpool, esse raciocínio começou a se complicar quando estudos recentes em fósseis mostraram que alguns hominídeos, incluindo o de Lucy (australopithecus afarensis), viveram em florestas. Ao mesmo tempo, outras formas mais primitivas como a do Homem do Milênio (Orrorin) parecem ter vivido na copa das árvores, mas se deslocavam sobre suas extremidades inferiores.

"Os resultados de nosso estudo confundiram o panorama", assinalou Robin Crompton, um dos autores da pesquisa. "Se estamos no caminho certo, isto significa que não se pode confiar que o bipedalismo nos diga se estamos olhando para a ancestral de um ser humano ou para o de outro primata", indicou.

Crompton, Susannah Thorpe e Roger Holder, da Universidade de Birmingham, chegaram à conclusão sobre o bipedalismo arbóreo dos primatas ao observar orangotangos em Sumatra, Indonésia. "Nossos resultados sugerem que o bipedalismo foi usado para alcançar os galhos mais fracos onde estão as melhores frutas e também para passar de uma árvore para outra", segundo Thorpe.

Os cientistas acreditam que o bipedalismo foi resultado de uma mudança climática registrada há cerca de 5 milhões e 24 milhões de anos, quando a qual as copas das árvores diminuiu. Devido a um ambiente mais árido, os ancestrais do homem começaram a encontrar dificuldades para passar de uma árvore para outra por causa da diminuição da espessura. Responderam a este problema abandonando as copas das árvores para chegar ao solo das selvas onde mantiveram seu bipedalismo e começaram a se alimentar em árvores menores.

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