Provas forenses coletadas em uma igreja no Egito onde 23 pessoas morreram no dia do Ano Novo sugerem que o homem-bomba pode ter acionado o dispositivo antes da hora, e não tinha a intenção de se matar, informou o principal jornal estatal do país nesta quinta-feira.
Autoridades disseram que o ataque durante uma missa da meia-noite em Alexandria, no dia 1.º de janeiro, foi realizado por um homem-bomba inspirado na Al Qaeda. Ataques suicidas são raros no Egito, que sofreu ataques esporádicos nos últimos anos.
Fontes da segurança disseram na quarta-feira que os destroços da bomba eram semelhantes aos dispositivos usados em explosões em 2009. Segundo analistas, isso sustentava as indicações de que os militantes influenciados pela Al Qaeda poderiam estar avançando no Egito, conquistando recrutas, enquanto o Estado tenta reprimir a Fraternidade Muçulmana e outros oponentes moderados.
Informações obtidas pelas 45 partes do corpo do suspeito no local da explosão devem permitir a identificação do homem-bomba através do banco de dados da população mantida pelo Ministério do Interior, disse o jornal estatal al-Ahram. O homem-bomba teria de 23 a 25 anos de idade.
"A investigação forense mostrou que o impacto sobre o corpo do criminoso indica que a explosão ocorreu por acidente ou antes do horário planejado, porque fez com que partes de seu corpo se espalhassem e voassem alguns metros de distância", informou a al-Ahram.
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