Um militante suicida em um carro atacou um comboio militar paquistanês neste sábado (18). Segundo a polícia, 25 soldados e policiais e dois pedestres foram mortos. Cerca de 65 pessoas ficaram feridas. O Talibã paquistanês assumiu responsabilidade pelo ataque perto de Kohat, a 190 quilômetros de Islamabad.
"O homem-bomba estava dirigindo uma caminhonete quando colidiu com um comboio que passava por um posto de checagem de segurança", disse o oficial da polícia Fareed Khan em Kohat.
Khan afirmou que o número de mortos pode crescer porque pelo menos sete dos 65 feridos permaneciam em estado grave. Cerca de oito veículos no comboio foram destruídos.
O presidente Asif Ali Zardari disse nesta sexta-feira (17) que aprofundaria a luta contra os militantes e disse que a derrota para o nuclearizado Paquistão seria uma derrota para o mundo. O país é um vital aliado dos EUA nos esforços para estabilizar o Afeganistão.
Um porta-voz do chefe do Talibã no Paquistão Baitullah Mehsud disse que os militantes continuariam com os ataques contra as forças de segurança. "Essa foi uma retaliação aos ataques teleguiados dos EUA, e as forças de segurança terão que ver mais ataques porque nosso povo sofreu muitas perdas nos ataques com mísseis", disse Hakimullah Mehsud por telefone, desde um local não revelado.
Os EUA, frustrados com uma intensificação da insurgência no Afeganisão e o apoio obtido por ela do lado paquistanês da fronteira, começou a promover ataques teleguiados no ano passado.
Desde então, cerca de 35 ataques norte-americanos mataram aproximadamente 350 pessoas, incluindo membros de nível médio da Al Qaeda, de acordo com autoridades paquistanesas, moradores e militantes.
O Paquistão se opõe aos ataques, dizendo que um em cada seis ações deixou baixas civis sem matar nenhum militante. Isso reforça o antiamericanismo na região e dificulta os esforços para diminuir a violência.